Título: BCE aumenta o crédito
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Fonte: Correio Braziliense, 09/12/2011, Economia, p. 11
Frankfurt e Londres – As pressões para que o banco Central Europeu (BCE) seja mais incisivo na intervenção contra a crise da Zona do Euro estão surtindo efeitos. Além de reduzir mais uma vez os juros básicos na área comum – para 1% ao ano -, o presidente da instituições, Mario Draghi, anunciou ontem que serão lançadas duas operações de empréstimos de 36 meses a favor dos bancos europeus em dificuldades a um taxa fixa e volumes ilimitados. O objetivo é melhorar o acesso à liquidez e assegurar o bom funcionamento da economia européia.
No esforço de salvar a união monetária em trono do euro, o BCE reduziu sua principal taxa de juros em um 0,25 ponto percentual horas antes do início da reunião dos líderes europeus em Bruxelas. Após a decisão, a taxa básica voltou a seu mínimo histórico, que já havia sido registrado entre maio de 2009 e abril de 2011. A fim de melhorar a liquidez dos bancos, foram ampliadas as garantias para a concessão de empréstimos. O objetivo é permitir que as instituições acessem os novos recursos.
Recapitalização
Os bancos europeus precisam de 114,7 bilhões de euros para se recapitalizar, 8 bilhões de euros acima de estimativa de outubro, segundo a Autoridade Bancaria Européia (EBA). Os bancos mais problemáticos estão na Espanha. Lá, são necessários de 26,2 bilhões para salvar as instituições financeiras em situação critica. O país só perde para a Grécia, cujos bancos demandam um esforço de 30 bilhões de euros.
A EBA revisou a cifra em função dos últimos dados disponíveis sobre a exposição dos bancos europeus a divida soberana na Zona do Euro. Em sua reunião anterior, celebrada no fim de outubro, os europeus anunciaram que a autoridade bancaria exigiria um esforço de capital próprio para 9% até o final de junho de 2012. Essas exigências foram reforçadas pela capitalização e ilustraram a fragilidade dos bancos europeus, bastante debilitados pela crise. A atenção se concentra, sobretudo, em alguns grandes bancos alemães, em particular o Commerzbank, o segundo do país; e no maior banco italiano, o UniCredit.