Título: US$ 268 bi ao FMI
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Fonte: Correio Braziliense, 10/12/2011, Economia, p. 14

Bruxelas — Os europeus planejam injetar até 200 bilhões de euros (US$ 268 bilhões) ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para que este ofereça ajuda aos países mais debilitados da Zona do Euro. "O aporte deve ser confirmado em 10 dias e será realizado sob a forma de empréstimos bilaterais", declararam ontem os dirigentes da UE, após a noite de negociações em Bruxelas. "Isso permitirá que o FMI disponha de recursos adequados para fazer frente à crise", disseram eles, em um comunicado.

Mas, apesar da determinação de mostrar que haverá um reforço de caixa do FMI com recursos europeus, os líderes da União Europeia disseram esperar "contribuições paralelas" da comunidade internacional. A diretora-gerente do organismo, Christine Lagarde, que prometeu apoio aos esforços da Zona do Euro contra a crise, elogiou a medida.

Atualmente, o Fundo possui menos de 300 bilhões de euros para seus Estados-membros, o que não seria suficiente nem mesmo para socorrer uma economia grande, como a Itália. Devido à incapacidade dos europeus de reforçar seu próprio fundo de resgate, criado para fazer frente à crise da dívida, a necessidade de incrementar os recursos do FMI cresceu nas últimas semanas

O FMI já havia sugerido, na semana passada, a possibilidade de que empréstimos poderiam vir dos bancos centrais dos países-membros da Zona do Euro ou até do próprio Banco Central Europeu (BCE), que rejeitou a ideia, a exemplo da Alemanha. "O BCE não é membro do FMI e uma negociação entre os dois seria juridicamente muito complexa", alegou Mario Draghi, presidente da instituição.

Assim, a responsabilidade recai apenas no colo dos bancos centrais nacionais, opção também questionada por Draghi. "O espírito dos tratados (da UE) não permite a circulação de dinheiro pelos BCs", disse.

-------------------------------------------------------------------------------- adicionada no sistema em: 10/12/2011