Título: Pacto no Centro-Oeste
Autor: Sassine, Vinicius
Fonte: Correio Braziliense, 17/12/2011, Política, p. 12

Dilma e os governadores da região se comprometem juntos a erradicar a pobreza até o fim de 2014

Os quatro governadores da Região Centro-Oeste assinaram ontem, no Palácio do Planalto, o pacto pela erradicação da miséria até 2014, principal mote do governo de Dilma Rousseff. O evento reuniu três aliados da presidente — Agnelo Queiroz (PT), do DF, Silval Barbosa (PMDB), de Mato Grosso, e André Puccinelli (PMDB), de Mato Grosso do Sul — e um tucano, o governador de Goiás, Marconi Perillo, desafeto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pacto da Região Centro-Oeste era o que faltava dentro do Plano Brasil Sem Miséria. A presidente Dilma e 10 ministros participaram do evento. Na ocasião, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, fez um balanço do primeiro ano do plano.

Agnelo disse que os governadores do Centro-Oeste atuam em conjunto para erradicar a miséria até 2014. "No Distrito Federal, existiam quatro cadastros diferentes, foi necessário fazer um cadastro único." Marconi ignorou as desavenças com os governos petistas e, em público, teceu elogios à presidente. "Na posse, a senhora disse que faria um governo republicano, e foi coerente com o discurso. Aprendi a admirá-la e a respeitá-la."

Já existe dinheiro para fomento a atividades produtivas rurais e para orientação profissional. O decreto que vai destinar R$ 2,4 mil a famílias de agricultores extremamente pobres, a fundo perdido, foi assinado ontem pela presidente Dilma. Conforme o balanço do ministério, 407 mil famílias em condições de miséria foram localizadas pelo serviço de busca ativa, superando a meta prevista para este ano. Em nove estados, o cadastro do Bolsa Família foi unificado aos cadastros locais. "Esse é um passo fundamental para o país, a articulação do programa federal com os programas dos estados. É um método impessoal de transferência de renda, que evita o clientelismo", declarou a presidente.

Segundo o balanço, 9,2 mil famílias receberam neste ano a primeira parcela do Bolsa Verde, que remunera quem preserva o meio ambiente. Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) mostram que R$ 1 milhão foram liberados.

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