PF cita repasse da OAS de R$ 1 mi a Maia
09/02/2017
A investigação da PF teve origem em mensagens de celular trocadas entre o presidente da Câmara e o empreiteiro José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS. Alvo da Operação Lava Jato, Léo Pinheiro foi condenado a 26 anos de prisão no âmbito da investigação.
Segundo o inquérito, Maia apresentou, no Congresso, uma emenda a uma medida provisória que definia regras para a aviação regional, em benefício da construtora OAS.
Doação eleitoral. A reportagem do Jornal Nacional informou que o deputado do DEM pediu à empreiteira doações eleitorais no valor de R$ 1 milhão em 2014. O dinheiro teria sido repassado oficialmente à campanha eleitoral de Cesar Maia, pai do presidente da Câmara.
Ex-prefeito do Rio, Cesar Maia concorreu, em 2014, ao Senado pelo DEM.
Os investigadores suspeitam que a “estratégia” do pedido de doação eleitoral foi usada pelo presidente da Câmara para ocultar a origem do dinheiro de propina da empreiteira.
A Polícia Federal sustenta ainda que há “fortes indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro” por parte de Maia.
Defesa. O deputado Rodrigo Maia afirmou ontem que nunca recebeu vantagem indevida para apreciar qualquer matéria em andamento na Casa. O presidente da Câmara disse ainda que, ao longo de seus cinco mandatos de deputado federal, sempre votou “de acordo com orientação da bancada ou com a própria consciência”.
Câmara. Maia diz que nunca recebeu vantagem indevida
O Estado de São Paulo, n. 45040, 09/02/2017. Política, p. A7.