Marco Grillo
29/04/2017
Provas colhidas pelo Ministério Público Federal (MPF) e depoimentos de delatores que trabalharam na Petrobras ou em empreiteiras investigadas na Lava-Jato contradizem o depoimento do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) ao juiz Sergio Moro, na quinta-feira, em Curitiba.
Cabral afirmou ter usado sobras de campanha de dinheiro de caixa 2 para pagar despesas pessoais, mas negou ter recebido propina da obra de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Além dos seis processos a que responde na Justiça Federal do Rio, ele é réu na ação em Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A investigação aponta que Cabral recebeu R$ 2,7 milhões em espécie em três parcelas. Ele teria maquiado a origem do dinheiro em 114 transações que totalizaram R$ 1,4 milhão. Ternos de grife e até blindagem de carro foram pagos, segundo o MPF, com os recursos ilegais. Leia abaixo as contestações a cinco pontos do depoimento de Cabral.
O globo, n.30581 , 29/04/2017. País, p.3