Título: Receita desacelera
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Fonte: Correio Braziliense, 16/12/2011, Economia, p. 13
Os efeitos da econômica internacional e a estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) já começaram a afetar a arrecadação federal. Refletindo os impactos da forte desaceleração da produção industrial e da queda nas vendas de automóveis, as receitas de impostos, pela primeira vez no ano, não bateram recorde de entrada de recursos em novembro. No mês, entraram nos cofres do governo R$ 78,96 bilhões. O resultado é 11,47% superior ao registrado em outubro e 6,39% mais robusto que o de novembro de 2010. Mas perde longe para os R$ 84,08 bilhões arrecadados em novembro de 2009.
A secretária adjunta Receita Federal, Zayda Manatta, lembrou que os números atuais não foram tão favoráveis e há forte expectativa sobre o montante de recursos que o Leão conseguirá arrecadar a mais em 2012. "A Receita procurará ajustar cada vez mais sua forma de trabalhar para fazer frente às demandas do governo e às necessidades do país com investimento e custeio", disse.
Imposto de Renda O Fisco manteve as previsões de alta na arrecadação entre 11% e 11,5% para este ano, em relação a 2010, já considerando que, em dezembro, a queda será maior que em novembro. Soma-se a isso o fato de que, no ano passado, houve uma arrecadação extraordinária de cerca de R$ 4 bilhões que não ocorrerá agora. De janeiro a novembro, foram arrecadados R$ 873,27 bilhões, uma alta de 11,89%, no confronto com período semelhante no ano passado (R$ 799,17 bilhões). Houve, contudo, queda significativa, de 15,35%, na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Física, para R$ 1,415 bilhão, em consequência da tributação da transferência de bens e dos ganhos líquidos em Bolsa de Valores. (VB)