Título: Mercado sem direção
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Fonte: Correio Braziliense, 13/01/2012, Economia, p. 11

Os bem-sucedidos leilões de títulos dos governos de Itália e Espanha, que conseguiram captar recursos pagando taxas menores, foram insuficientes para garantir um bom desempenho das principais bolsas de valores do mundo. Os investidores ficaram cautelosos por causa dos números do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que voltaram a piorar. O resultado foi um dia fraco de negócios, com pequenas altas ou baixas.

Após quatro dias seguidos de valorização, a Bolsa de Valores de São Paulo teve uma queda de 0,07%, aos 59.920 pontos e giro financeiro de R$ 6,1 bilhões. No ano, o Ibovespa, principal indicador do mercado acionário nacional, acumula alta de 5,58%.

No segmento cambial brasileiro, o dólar encerrou cotado a R$ 1,784, com recuo de 0,93%. No ano, a divisa norte-americana já encolheu 4,49%.

Na Europa, o mercado também fechou sem uma direção única. Algumas das principais bolsas subiram, como a de Frankfurt (0,44%), Milão (2,09%) e Madri (0,20%). Em contrapartida, outras andaram para trás: Londres (0,15%) e Paris (0,15%). As ações foram prejudicadas depois de um alerta sobre queda nos lucros da gigante do varejo Tesco.

Susto "Quando as companhias que antes estiveram no topo do seu setor começam a desapontar, os investidores fogem assustados por um momento. A questão é se isso desestabiliza o setor como um todo", disse Richard Jeffrey, diretor de investimentos da Cazenove Capital Management.

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu apenas 0,17%. A má notícia foi o aumento dos pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada em 7 de janeiro. O número cresceu 24 mil solicitações, chegando a 339 mil. Os analistas acreditavam que o incremento seria de só 8 mil. O indicador voltou a piorar depois de ter melhorado na semana passada, o que havia deixado o governo animado.