A sessão que beneficiou os parentes de Aécio não analisou, no entanto, o caso do senador por conta de pedido da defesa dele. A Primeira Turma suspendeu a análise do pedido de prisão de Aécio feito pela ProcuradoriaGeral da República (PGR). Também foi adiado o julgamento da solicitação do próprio senador para revogar a decisão que o afastou de suas funções no Senado. Não há data prevista de quando isso ocorrerá.
A medida foi anunciada pelo ministro Marco Aurélio Mello. Isso porque a defesa de Aécio apresentou mais cedo um novo recurso pedindo que o caso dele seja julgado pelo plenário, e não pela Primeira Turma. Assim, Marco Aurélio entendeu que seria o caso de analisar primeiramente esse recurso.
Com relação aos demais investigados, a Turma determinou a aplicação de medidas alternativas. Na prisão domiciliar, os três ficarão monitorados por tornozeleira eletrônica, não poderão deixar o país e serão proibidos de manter contato entre si e com Aécio. No dia 13, a mesma Primeira Turma havia negado um recurso de Andréa Neves e decidiu, por três votos a dois, mantê-la atrás das grades. A decisão foi tomada por três votos a dois. Ontem, o ministro Luiz Fux mudou de lado e concedeu o benefício à investigada.
Ele argumentou que os riscos de atrapalhar as investigações e de cometer novos crimes podem ser contidos com as medidas cautelares.
O globo, n. 30634, 21/06/2017. País, p. 5