Cachoeira vira réu pelo crime de lavagem de dinheiro

Bicheiro é acusado de comprar fazenda para ocultar dinheiro da exploração de jogos de azar

Por: ANDRÉ DE SOUZA

 

ANDRÉ DE SOUZA

O juiz substituto Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, recebeu denúncia contra o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e mais cinco pessoas pelo crime de lavagem de dinheiro. Assim, eles passam à condição de réus. A investigação segue sob sigilo.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a denúncia foi apresentada em julho de 2016. Os investigadores acusam o grupo de Cachoeira de comprar uma fazenda localizada no Distrito Federal para ocultar e dissimular a origem de dinheiro proveniente da exploração de jogos de azar. O processo tem origem na Operação Monte Carlo, deflagrada em 2012.

De acordo com o MPF, a compra do imóvel movimentou cerca de R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 2,7 milhões em espécie ou depósitos bancários. Outros R$ 750 mil se referem ao valor de uma aeronave, que entrou como parte do pagamento.

O juiz Ricardo Leite deu prazo de 20 dias para os réus responderem por escrito à acusação, quando terão oportunidade de “arguir preliminares e alegar tudo o que interessa à defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas”. Ele também determinou que, até a apresentação das defesas escritas, os autos continuem em sigilo.

Além de Cachoeira, os outros réus são: Adriano Aprígio de Souza, Cláudio Dias de Abreu, Gleyb Ferreira da Cruz, Matheus Paiva Monteiro e Rossine Aires Guimarães. Segundo o MPF, Cachoeira e Gleyb já foram condenados antes por crimes como violação sigilo funcional e corrupção.