Título: Caos maior em Congonhas
Autor: Hessel, Rosana
Fonte: Correio Braziliense, 23/12/2011, Economia, p. 14

Apesar da ameaça de paralisação total não ter se confirmado, o sistema aéreo registrou ontem os transtornos habituais aos quais os passageiros já estão acostumados. Até as 20h, dos 2.271 voos domésticos previstos nos 67 terminais administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), 531 (23,4%) estavam com atraso de mais de 30 minutos e 103 (4,5%) foram cancelados. Em Brasília, 34 (21%) dos 161 pousos e decolagens programados estavam fora do horário e três (1,9%) foram cancelados. Já entre os voos internacionais, dos 168 listados, 40 (23,8%) fizeram os usuários aguardarem e seis (3,6%) foram cancelados. Os maiores problemas, no entanto, ocorreram pela manhã em Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, onde houve um princípio de paralisação dos aeroviários (trabalhadores de solo) da TAM.

O pessoal de apoio em terra, como os funcionários do setor de rampa (responsáveis pelo manuseio de carga e das bagagens) da companhia cruzaram os braços por volta das 4h45, mas durante o dia voltaram às atividades. Pela manhã, dos 94 voos domésticos listados, 45 (47,9%) pousaram ou decolaram com mais de 30 minutos de atraso. Já às 20h, dos 200 voos programados, 92 (46%) registraram atrasos ao longo do dia, 12 deles (6%) permaneciam com espera além do horário e outros 27 (13,5%) haviam sido cancelados.

A TAM informou, por meio de nota, que se empenhou para regularizar suas operações após o encerramento da paralisação em Congonhas de parte dos funcionários e destacou que, à tarde, a situação estava se normalizando. A TAM afirmou ainda que, embora os funcionários na capital paulista peçam reajustes maiores, a empresa concedeu, antecipadamente, as mesmas correções salariais já aceitas pelos aeroviários do Rio de Janeiro e de Manaus, cujos sindicatos assinaram acordo com as companhias na última terça-feira. (RH)