13/07/2017
-SÃO PAULO- Outra matéria do GLOBO também foi destacada pelo juiz Sergio Moro entre as provas contra o ex-presidente Lula. Em dezembro de 2014, o GLOBO afirmou que a OAS reservou o tríplex para o petista e para a ex-primeira-dama Marisa Letícia. Apenas após a publicação Lula desistiu de ficar com o apartamento.
Posteriormente, o ex-presidente ingressou com uma ação indenizatória contra três jornalistas do GLOBO, sob a alegação de que não se considerava dono do apartamento. A ação foi considerada improcedente pelo juiz Mauro Nicolau Junior, da 48ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Lula recorreu da sentença.
OBRAS INVESTIGADAS
O processo foi movido por Lula depois que o jornal mostrou, em outra reportagem, de agosto de 2015, que as obras do edifício Solaris estavam sendo investigadas por operações financeiras que envolviam a GFD — empresa usada para lavar dinheiro do doleiro Alberto Youssef. Na ação, Lula sustentou que os repórteres do GLOBO tiveram a intenção de atacar a sua honra.
Ao negar o pedido, o juiz entendeu que os jornalistas “não praticaram qualquer ato ilícito” e apenas exerceram o direito de liberdade de expressão. Por essa razão, julgou a ação improcedente e registrou que os fatos eram de interesse público. Em decisão unânime, a 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio negou recurso.
O globo, n.30656 , 13/07/2017. PAÍS, p. 19