Título: Sai lista do IPI menor
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Fonte: Correio Braziliense, 01/02/2012, Economia, p. 8
O governo publicou ontem a relação das 18 montadoras que ficarão livres da alta no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na produção de automóveis. Das empresas que entraram no mercado nacional com veículos importados nos últimos anos, as marcas chinesas, a coreana Kia e grifes de luxo não foram contempladas na portaria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Para elas, o aumento de 30 pontos percentuais na alíquota, que está em vigor desde 16 de dezembro do ano passado, vai continuar valendo. A intenção é justamente favorecer a produção nacional e a criação de empregos no país.
A lista de exceções inclui as quatro montadoras presentes no território brasileiro há décadas: Fiat, Volkswagen, Ford e General Motors. Também algumas que se instalaram depois, como Hyundai, Peugeot, Renault, Toyota, Honda e Mitsubishi. A Nissan já produz no país na fábrica da Renault, mas vai abrir uma unidade própria, com investimentos de R$ 2,6 bilhões. Além delas, produtoras de caminhões e utilitários, como Agrale, Mercedes-Benz, Scania e Volvo, foram contempladas (veja lista). Segundo estudo do ministério, todas cumprem as exigências para o IPI mais baixo, que incluem o uso de ao menos 65% dos componentes de fabricação nacional ou do Mercosul e investimento de 0,5% do faturamento líquido em inovação.
Até ontem, vigorava uma lista provisória. As alíquotas do IPI para as empresas que estão na nova relação variam de 7% a 25% dependendo do segmento do modelo e da potência do motor. Os veículos que ficaram de fora terão imposto entre 37% e 55%, o que vai encarecer o valor final do carro, numa espécie de penalidade para as montadoras que não produzem no país. O peso será maior sobre companhias chinesas, que têm no preço baixo a principal arma, como Jac Motors, Cherry e Lifan. Os veículos importados devem ficar até 28% mais caros, segundo a associação que reúne essas companhias.