Título: Desemprego na Europa é recorde
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Fonte: Correio Braziliense, 01/02/2012, Economia, p. 9

O desemprego na Zona do Euro alcançou um recorde histórico, atingindo 10,4% da população economicamente ativa (PEA) em dezembro de 2011. Segundo cálculos da agência de estatísticas Eurostat, 16,5 milhões de pessoas estavam desempregadas na Europa em dezembro, 20 mil a mais do que no mês anterior.

Trata-se do oitavo mês consecutivo em que o índice alcançou e superou o limite dos 10% na Zona do Euro. Um recorde já havia sido atingido em novembro, depois que a Eurostat revisou para 10,4% o resultado do mês, ante 10,3% divulgados em um primeiro momento.

A Espanha continua sendo o país com o maior índice de desemprego, com 22,9%, igual ao do mês anterior e à frente da Grécia (19,2%). A Áustria se mantém com o mais baixo, 4,1%, seguida de Holanda (4,9%) e Luxemburgo (5,2%).

Na França, o desemprego atingiu 9,9% da PEA, aumentando em relação a novembro (9,8%). Na Alemanha, manteve-se nos 5,5%. No conjunto da União Europeia (UE), em dezembro, o nível permaneceu estável, mas a Eurostat revisou para cima o indicador de novembro (9,8%).

Para impulsionar o crescimento e o emprego na Zona do Euro, os 27 dirigentes da UE se reuniram na segunda-feira em Bruxelas. Mais do que medidas concretas para frear os flagelos de recessão e desemprego, os europeus acordaram um pacto que consagra a austeridade fiscal na região. Apenas Grã-Bretanha e República Tcheca ficaram fora do tratado, que responde a uma exigência de disciplina da chanceler alemã, Angela Merkel, em troca de maior solidariedade financeira.

Bolsa tem melhor janeiro desde 2006

A Bolsa de Valores de São Paulo registrou o melhor desempenho em seis anos, para meses de janeiro. A valorização alcançou 11,13%, a maior desde outubro do ano passado, quando subiu 11,5%. Ontem, o Ibovespa, principal índice do mercado, subiu 0,48%, chegando aos 63.072 pontos. O giro financeiro dessa sessão foi de 8,78 bilhões de reais. Os negócios foram influenciados por esperanças de que a Grécia esteja próxima de um acordo com credores privados. O ministro de Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, afirmou que ele e seus pares da Zona do Euro farão uma reunião de cúpula em 6 de fevereiro. Segundo ele, os credores privados do país podem ter uma perda de mais de 70% no acordo para a reestruturação da dívida do país. "Existe uma discussão muito séria baseada em fatos novos. Nós estamos falando sobre um envolvimento do setor privado muito maior do que o original", explicou.