CRISTIANE JUNGBLUT
CATARINA ALENCASTRO
30/08/2017
O presidente nacional do PMDB e um dos negociadores da reforma política, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a proposta precisa ser votada porque há um "limbo" sobre as regras de financiamento das campanhas eleitorais nas eleições de 2018. Jucá tem discutido com o relator da reforma política que trata sobre sistema eleitoral, deputado Vicente Cândido (PT-SP), sobre a questão do fundo eleitoral. Para Jucá, a reforma política "não morreu" e é possível votá-la em tempo hábil na Câmara e no Senado.
Mas os líderes dos partidos na Câmara ainda não chegaram a um consenso sobre como proceder. A ideia inicial de inclusive votar em primeiro lugar a proposta relatada pela deputada Shéridan (PSDB-RR), passando na frente da proposta relatada por Vicente Cândido, não prosperou, por enquanto.
— Não (morreu). É necessário votar a reforma política. Para termos um sistema de eleição melhor, mais transparente, melhor acompanhado pela população. Depois, é preciso ter a definição de como será financiada a eleição. Do jeito que está hoje, estamos num limbo. Vai gerar, é claro, se não tiver modelo, um alto nível de irregularidades durante a campanha — disse Jucá.
O líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB ), defendeu na reunião realizada na manhã desta terça-feira que a proposta que trata de coligações e cláusula de desempenho - que é a relatada pela deputada Shéridan - seja votada em primeiro lugar porque haveria um maior entendimento a respeito.
O globo, n.30704 , 30/08/2017. ECONOMIA, p. 23