Garcia, que nasceu em Porto Alegre no dia 22 de junho de 1941, era professor aposentado do Departamento de História da Unicamp.

No PT, foi vice-presidente entre 2005 e 2010, chegando a assumir temporariamente a presidência em 2006, após afastamento de Ricardo Berzoini. Garcia também foi secretário de Relações Internacionais do partido, em 1990, e foi um dos organizadores e fundadores do Foro de São Paulo, que reúne representantes da esquerda da América Latina e Caribe.

Dilma, que disse ter estado com Garcia há três semanas, chamou-o de “amigo querido”. A petista afirmou ser um “dia de dor para todos nós que compartilhamos com ele seus muitos sonhos, histórias e lutas”.

“Vai fazer muita falta no PT”, disse a presidente nacional da legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PR). “Era uma pessoa muito presente. Nos ajudava muito com suas avaliações, principalmente na área internacional”, afirmou. Ex-presidente do PT, Rui Falcão também lamentou: “Mais uma notícia terrível, companheiros: Marco Aurélio Garcia faleceu. Não consigo imaginar nenhuma palavra para consolá-los”.

O dirigente do PT Valter Pomar homenageou Garcia nas redes sociais. Lembrou que ele foi exilado na França e no Chile durante a ditadura militar, foi vereador em Porto Alegre pelo PCB e militante do movimento estudantil. “Divertido, culto, ateu irredutível, alguém que não tinha vergonha de ser gauche na vida. Fará muita falta.”

Líder do partido na Câmara, o deputado Carlos Zarattini (SP) afirmou que Garcia foi o grande formulador da política e do pensamento do PT.