Título: Bahia volta a trabalhar, Rio enfraquece
Autor: Lyra, Paulo de Tarso ; Luiz, Edson
Fonte: Correio Braziliense, 12/02/2012, Política, p. 2/3

As paralisações deflagradas pelos profissionais da segurança pública foram perdendo força ao longo do dia de ontem. Em assembleia no fim da tarde, os policiais civis do Rio de Janeiro decidiram suspender a paralisação iniciada na noite da última quinta-feira. Em assembleia, os PMs baianos também interromperam o movimento.

A categoria fluminense optou por reavaliar a paralisação e se reunir novamente na próxima quarta para decidir se retomam o movimento. Nos últimos dias, as delegacias da cidade estavam apenas registrando flagrantes, roubos e realizando a remoção de cadáveres. Segundo nota divulgada na página da internet, a decisão foi tomada devido aos crimes dos dois últimos dias.

Já a greve dos policiais militares e dos bombeiros fluminenses continua. O Corpo de Bombeiros informou, no início da noite de ontem, que cumpriu oito dos 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça contra líderes do movimento.

Mesmo com a paralisação, a segurança dos foliões que saíram nos primeiros blocos do carnaval do Rio de Janeiro foi garantida com patrulhas da Polícia Militar. A greve foi percebida, porém, por aqueles que foram às praias. Os bombeiros do Grupamento Marítimo (Gmar) estão fazendo apenas atendimento de emergência.

A Associação dos Praças Policiais Militares do Extremo Sul da Bahia também interrompeu a greve no início da noite. Poucos minutos depois, a decisão se extendeu para as entidades que representam os PMs do resto do estado. Segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na Bahia, Saul Quadros, a situação em Salvador já está voltando à normalidade. "Há visivelmente carros da Polícia Militar nas ruas de Salvador. O clima de intranquilidade desapareceu totalmente, mas a greve ainda existe parcialmente", avalia.

Outro estado com ameaça de paralisação é Pernambuco. A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Pernambuco (Adepe) tem assembleia marcada para amanhã. Na pauta, a possibilidade de greve das jornadas extraordinárias durante o carnaval.

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