Pedro Venceslau

Renan Truffi

Thiago Faria

O prefeito de São Paulo, João Doria, disse ontem ao Estado que apoia a antecipação da Executiva nacional do PSDB para outubro e a indicação do nome do governador de Goiás, Marconi Perillo, para presidir o partido. “Apoio total a Marconi Perillo para presidir o PSDB. Sem ferimentos a ninguém”, disse.

A posição do prefeito diverge da de seu padrinho político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que defende a permanência do senador Tasso Jereissati (CE), hoje interino, na presidência do partido e a manutenção do calendário que prevê a realização das convenções municipais tucanas em outubro deste ano, as estaduais em novembro e finalmente a nacional em dezembro.

O próximo presidente do PSDB terá papel determinante na escolha do candidato do partido a presidente da República. Tasso já declarou que apoia o nome de Alckmin para presidente em 2018.

Pressão. Na condição de interino desde o afastamento do senador Aécio Neves (MG), em maio deste ano, Tasso vem sendo questionado pela ala governista do partido, liderada pelo senador mineiro, por suas posições pró-desembarque do governo Michel Temer.

A pressão por sua saída aumentou na semana passada após a divulgação do programa de rádio e TV, no qual o partido diz que “errou” e critica o fisiologismo, citando o termo “presidencialismo de cooptação”.

Ontem, Tasso voltou a dizer que não vai entregar o posto. Afirmou que tucanos insatisfeitos com sua gestão procurem Aécio para pedir sua saída do cargo. “Eles que vão ao Aécio e digam: Aécio, tira o homem, que ele não nos representa. E provem que são majoritários.”

Tasso disse estar consciente de sua interinidade e lembrou que sua substituição depende apenas de uma palavra do titular do cargo. “É tão fácil. Se não tivesse um presidente efetivo, tivesse que ir para a Executiva, aí seria mais complicado. No nosso caso, é ‘simplérrimo’.”