Título: Nada de efeito cascata
Autor: Decat, Erich ; Jeronimo, Josie
Fonte: Correio Braziliense, 26/02/2012, Política, p. 4
O rompimento do namoro do PSD, comandado pelo prefeito Gilberto Kassab, com a pré-candidatura petista de Fernando Haddad é tratado apenas com uma questão "pontual" por integrantes da cúpula dos dois partidos e não deve causar um efeito cascata nas alianças costuradas em outros municípios. Antigo aliado de José Serra (PSDB) na capital paulista, Gilberto Kassab sempre deu sinais de que preferia subir no altar ao lado do tucano.
A decisão de Kassab em apoiar Serra foi anunciada ontem após o tucano dar sinais claros de que vai entrar na briga pela prefeitura. Para concretizar o casamento, Kassab ainda precisa aguardar, no entanto, que o tucano passe pelas prévias do partido, marcadas para 4 de março. No páreo estão quatro candidatos. Os secretários estaduais, Andrea Matarazzo (Cultura) e Bruno Covas (Meio Ambiente) tendem a deixar a briga em favor de Serra. Por outro lado, o secretário José Anibal (Energia) e o deputado federal Ricardo Trípoli dizem que permanecem na disputa interna.
Em razão da entrada de Serra na briga, as prévias podem ser adiadas em 15 dias. "Todo mundo sabe que é um assunto pontual, não provoca danos. Serra é competitivo, o apoio do PSD para ele é bom. Temos muitos vereadores candidatos à reeleição", avaliou o secretário-geral do PSD, Saulo Queiroz.
"Sempre que tratamos com Kassab, consideramos que a situação em São Paulo era mais difícil porque ele tem uma aliança histórica com o PSDB. Mas nos outros municípios onde há diálogo não muda nada", ressaltou o presidente Estadual do PT em São Paulo, Edson Silva. Entre as cidades em que os dois partidos caminham juntos estão São Bernardo, Diadema, Mauá, Guarulhos, Osasco e São José dos Campos. (ED e JJ)