Título: Brasília puxa a alta
Autor: Ressel, Rosana
Fonte: Correio Braziliense, 11/02/2012, Economia, p. 18

Brasília registrou a segunda maior elevação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro. A alta foi de 0,77%, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, onde o indicador saltou 1,11%, bem acima dos 0,56% de aumento da média brasileira, conforme os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Alimentação e transportes foram os itens que tiveram maior encarecimento nos preços na capital federal, a exemplo do resto do país. No entanto, a elevação nos preços em Brasília ficou bastante acima da média nacional. A gerente de pesquisa do IBGE, Irene Maria Machado, destacou dois itens importantes. A alimentação, por exemplo, teve alta de 1,22% na capital enquanto a média nacional subiu 0,86%. Passagens aéreas aqui subiram 13,59%. No resto do Brasil, 10,61%. "As tarifas de avião têm um impacto maior em Brasília do que nas outras capitais e, além disso, janeiro é um mês de alta temporada e, portanto, as passagens ficam mais caras", comentou Irene.

Outras duas cidades das 11 pesquisadas pelo instituto tiveram aumento no IPCA acima da inflação: Belo Horizonte e Belém. Lá, as taxas subiram 0,66% e 0,61%, respectivamente.

Comer é caro Além de o morador de Brasília pagar mais para abastecer o carro do que no resto do país, na hora do almoço, a comida também é uma das mais caras, revelou uma pesquisa encomendada pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), divulgada ontem. Enquanto o trabalhador brasileiro gasta R$ 22,37 para comer fora, o brasiliense paga R$ 24,94, ou seja, 11,48% a mais. O valor só não é mais caro do que o pago pelo habitante da Região Sudeste.