Título: 34 bancos rebaixados
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Fonte: Correio Braziliense, 11/02/2012, Economia, p. 21

Roma e Viena — A agência de classificação financeira Standard and Poor"s rebaixou ontem a nota de 34 bancos italianos, depois de reduzir, em janeiro, o rating soberano da Itália em dois graus. As principais instituições financeiras do país, entre eles o UniCredit, o Intesa Sanpaolo, a Banca Nazionale del Lavoro e a Mediobanca, foram afetadas. Os bancos italianos estão em sérias dificuldades, reflexo dos anos de estagnação da terceira maior economia da Zona do Euro.

A Itália está tentando sair do atoleiro. Desde que tomou posse na chefia do governo italiano, Mario Monti, adotou uma série de medidas para reativar a economia italiana e reduzir a dívida do país, o que, segundo ele, permitirá à capenga Itália beneficiar-se de taxas de juros menores ao captar recursos no mercado por meio da emissão de títulos. Atualmente, os encargos estão girando em torno de 6% ao para as obrigações com vencimento em 10 anos, contra os 7% pagos no fim de 2011 — um nível considerado insustentável no longo prazo.

Aperto na Áustria Com a Europa em frangalhos, a coalizão governamental da Áustria anunciou ontem um plano de austeridade fiscal com duração de cinco anos, que resultará em uma economia 26,7 bilhões de euros aos cofres públicos. Parte do plano consistirá em aumento e criação de impostos, somando quase 7 bilhões de euros. Os cortes do Executivo serão de 15 bilhões e os estados e municípios, 5,2 bilhões de euros.

"Esse pacote busca cumprir as regras fixadas pela União Europeia no Tratado de Maastricht e deve manter a Áustria independente dos mercados financeiros", disse a chanceler social-democrata, Werner Faymann. Os principais setores afetados pelas medidas serão a administração pública, os aposentados e as ferrovias públicas.

Por enquanto, a Áustria está conseguindo se manter à margem da crise europeia. Tanto que a Standard & Poor"s continuar a dar ao país a classificação máxima de risco, o chamado triplo A.