Aécio argumentou que sua renúncia seria uma espécie de confissão de culpa sobre as denúncias de que teria recebido R$ 2 milhões de propina do empresário Joesley Batista.

No encontro com Tasso, ontem pela manhã, Aécio pediu ao presidente interino que fique no cargo até 9 de dezembro, quando a convenção nacional do PSDB irá eleger o novo presidente da legenda.

— Aécio acha que é um ponto importante para ele ficar na presidência até a convenção de dezembro. Alega que a renúncia definitiva seria quase uma confissão de culpa. Mas garantiu que não pretende exercer nenhum tipo de atividade partidária, que vai para Minas trabalhar full time em dois pontos: sua defesa e reanimar sua base. Se ele não retoma sua base, seu futuro está em jogo — disse Tasso após o encontro.

INTERINIDADE EM DEBATE

Os senadores que na semana passada achavam inviável a manutenção de Aécio no cargo foram convencidos de que uma mudança agora poderia causar um novo tumulto no partido a menos de 40 dias da convenção que vai eleger o novo presidente do partido. Por enquanto, só há uma candidatura posta, a do governador de Goiás, Marconi Perillo. Tasso repetiu ontem que não irá disputar a presidência definitiva do PSDB.

Tasso disse que Aécio tomou sua decisão. O presidente interino está consultando suas bases para decidir se fica interino até dezembro ou se entrega o cargo. Depois da conversa com Aécio, o presidente interino dos tucanos se reuniu com alguns senadores e almoçou com 12 deputados alinhados à sua posição. Sobre continuar na interinidade com a decisão de Aécio de não renunciar, Tasso afirmou que ainda não se decidiu:

— Aécio tomou a decisão dele. Eu vou tomar a minha. Estou consultando minhas bases e vou fazer o que for melhor para o partido