O senador Fernando Collor (PTC-AL), que anunciou a intenção de disputar a eleição para a Presidência neste ano, se livrou dos processos a que respondeu na época do impeachment, mas novas investigações surgiram, a maioria ligada à Lava-Jato e à atuação dele como parlamentar.
Hoje, Collor responde a sete inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Em um deles, em agosto de 2017, a Segunda Turma da Corte aceitou por unanimidade a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e o transformou em réu.
O inquérito em que houve aceitação da denúncia apura se ele e outras duas pessoas cometeram os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em uma organização criminosa. O grupo de Collor é acusado de receber mais de R$ 29 milhões em propina entre 2010 e 2014, em razão de contratos de troca de bandeira de postos de combustível celebrados com a BR Distribuidora. O caso integra a Operação Lava-Jato.
— Há descrição suficiente do nexo de causalidade da atuação dos acusados para o fim de recebimento de vantagem espúria em contratos da BR Distribuidora e empresas pré-selecionadas — disse em agosto o ministro do Supremo Edson Fachin, relator do caso, ao aceitar a denúncia contra o expresidente Collor.