Título: Limitação nos dados
Autor: Tahan, Lilian ; Marcos, Almiro
Fonte: Correio Braziliense, 09/03/2012, Cidades, p. 22

O assunto crack ainda é nebuloso no Brasil quando se fala em estatísticas de usuários. O que existem são estimativas e levantamentos gerais, incluindo a pedra em meio a outras drogas ou sobre o consumo dela em determinada região. Em 2005, por exemplo, o 2º Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, encomendado pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), mostrou que a quantidade de usuários de crack na Região Centro-Oeste era de 0,3% da população. Mas não havia o foco específico na pedra.

A primeira grande pesquisa nacional a respeito da substância está sendo realizada atualmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também encomendada pela Senad. Os dados foram coletados ao longo do ano passado nas 27 capitais brasileiras e no Distrito Federal. A expectativa é trazer mais luz sobre o tema. Hoje, a falta de detalhes atrapalha até mesmo a definição de políticas públicas para o combate às drogas.

"É difícil ter uma ideia sobre o número exato de usuários. Afinal, o crack é ilegal. Então, estamos num universo onde a pessoa não vai se expor ao dizer que é usuária, pois vai estar se autodenunciando", justifica o diretor do Departamento Técnico de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori Kinoshita.

-------------------------------------------------------------------------------- adicionada no sistema em: 09/03/2012 02:41