O Estado de São Paulo, n. 45286, 13/10/2017. Política, p. A7.

 

Na Itália, Doria defende extradição de Battisti

Pedro Venceslau

13/10/2017

 

 

Prefeito destaca que italiano é condenado no país por assassinato; em nova provocação, afirma que 'Lula está mais perto da prisão do que da eleição'

 

 

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu ontem, em Milão, na Itália, a extradição de Cesare Battisti para o seu país de origem. “Cesare Battisti tem de ser extraditado. Tem de obedecer à legislação italiana. Ele é condenado aqui. Não vejo razão de achar que ele será morto”, disse Doria em referência à entrevista do italiano ao Estado, na qual ele afirma que sua extradição equivale a uma pena de morte.

“Não me parece que na Itália as pessoas tratem assim as pessoas condenadas. Aqui, respeita-se a lei”, disse o prefeito.

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas. Ele nega. O presidente Michel Temer aguarda um parecer da equipe jurídica para decidir se revoga ou não o decreto assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, que barrou a extradição do italiano.

Na cidade italiana, Doria também participou de um jantar com empresários do país europeu promovido pelo Lide-Itália, um dos braços internacionais do Lide, grupo empresarial fundado por ele.

Lula. O prefeito voltou a indicar a pretensão de disputar a Presidência em 2018. “O que estamos fazendo em São Paulo é viável fazer no Brasil”, disse. Aos empresários, ele novamente provocou Lula, afirmando que espera uma disputa com ele ou algum candidato escolhido pelo petista. “Lula está mais perto da prisão do que da eleição”, disse Doria.

 

O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DA CONFEDERAÇÃO DA INDÚSTRIA DA ITÁLIA