A Polícia Federal dobrou o número de integrantes da equipe da Lava-Jato que atuam nos inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília. A intenção é acelerar o andamento das investigações que envolvem políticos e demais pessoas com foro privilegiado. Atualmente, correm na corte 274 processos contra réus com prerrogativa de função. O diretor-geral da instituição, Fernando Segóvia, autorizou a nomeação de oito delegados, sete escrivães e 30 agentes para o Grupo de Inquéritos do STF (Ginq). A nova equipe deve encerrar as investigações até o período eleitoral.

Dos processos que tramitam na Suprema Corte contra autoridades, 140 são referentes à Operação Lava-Jato. O reforço na equipe ocorreu a pedido de parlamentares, de integrantes do governo. A intenção é que as ações de políticos envolvidos com atos criminosos sejam conhecidas pelo eleitor no momento de ir à urna. Ao mesmo tempo, as investigações pretendem revelar quem foi vítima de acusações falsas e possibilitar que possam se candidatar no próximo pleito.

Além de acelerar os processos no STF, a PF também montou um grupo de trabalho especializado no combate a notícias falsas, as fake news. A força-tarefa terá o objetivo de identificar quem são os autores dos boatos, de onde partem e quais crimes os envolvidos cometem. As primeiras atividades de combate aos crimes cibernéticos — que podem afetar o processo eleitoral — começam na próxima segunda-feira.