BÁRBARA NASCIMENTO
Estatuto do Idoso hoje só permite que as mensalidades tenham acréscimo até o usuário completar 59 anos
A votação do relatório na comissão especial que analisa a mudança nos planos de saúde, que deveria ocorrer hoje, foi adiada para 13 de dezembro. Essa é a segunda postergação da data.
A decisão foi tomada em comum acordo com os deputados da comissão especial em reunião a portas fechadas ontem. Os parlamentares queriam deixar o assunto de lado, uma vez que o tema se tornou impopular. Além disso, nenhum dos lados interessados no projeto ficou satisfeito com a solução apresentada por Marinho para o reajuste dos idosos: empresas e órgãos de defesa do consumidor não concordavam com a mudança.
Pelo relatório, os planos poderiam fixar, quando o beneficiário completasse 59 anos, as taxas de correção que seriam aplicadas no futuro. Esse reajuste seria distribuído em cinco parcelas nos 20 anos seguintes. Esse ponto, porém, foi retirado do texto.
O relator afirmou que manterá a política de reajustes tal qual como é hoje. Segundo ele, outros pequenos ajustes ainda poderão ser feitos em outros pontos do projeto de lei.
— Eu estou tendo uma unanimidade singular. As empresas de saúde dizem que vão perder centenas de milhões de reais. E os órgãos de defesa do consumidor dizem que isso prejudica os idosos. Se eu estou desagradando todo mundo, eu retiro — disse Marinho.