Título: Negada liberdade a Cachoeira
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Fonte: Correio Braziliense, 27/03/2012, Política, p. 6

Por unanimidade, integrantes do Tribunal Regional Federal da 1ª Região negaram, na tarde de ontem, pedido de habeas corpus de Carlos Augusto Ramos, também conhecido por Carlinhos Cachoeira.

O contraventor foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro, sob a acusação de comandar um esquema de jogos com máquinas caça-níqueis em Goiânia e no Entorno.

Na tarde de hoje, integrantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção vão à Procuradoria-Geral da República pedir celeridade na análise de uma ação na qual o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) também é citado. De acordo com uma segunda investigação da Polícia Federal, o senador teria pedido R$ 3 mil a Carlinhos Cachoeira para o pagamento do aluguel de um táxi-aéreo. As investigações foram encaminhadas ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em 2009 e, desde então, nenhuma medida foi tomada. "Não tem como mais postergar sob a pena de todo parlamento ficar sob suspeita, uma vez que há uma cachoeira de suspeitas", ressaltou o líder do PSol na Câmara, Chico Alencar (RJ).

Paralelo às investigações na Justiça, o deputado Protógenes (PCdoB-SP) protocolou, na semana passada, requerimento de criação de uma CPI para investigar a atuação de Cachoeira junto a congressistas.

O documento tem como base matéria do Correio do último dia 7 que revela que Cachoeira é tido como um "arquivo-vivo" pelo juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da 11ª Vara Federal de Goiânia, responsável pela decisão que culminou na Operação Monte Carlo.