— Ainda não decidi. Não é improvável, mas ainda não decidi. O tempo dirá (quando devo decidir), é no limite legal — afirmou Temer.

Indagado sobre uma eventual candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente sinalizou que irá conversar com ele.

— Tudo isso vai ser objeto de conversas, com o Meirelles, inclusive, que é uma grande figura — disse o peemedebista.

Nas últimas semanas, Temer passou a admitir, em conversas reservadas com aliados, que poderá personificar o papel de candidato do governo em outubro. A preocupação de seu núcleo político é que, em função de sua baixa popularidade, o governo se torne alvo central de ataques na disputa e não tenha ninguém para defendê-lo.

Apesar de ser o mais bem posicionado entre os candidatos dos partidos que integram a base do governo, o tucano Geraldo Alckmin se nega a defender a gestão do peemedebista e tornou-se persona non grata no Planalto desde que ele se empenhou, nos bastidores, para que a bancada paulista votasse a favor das denúncias contra Temer, no ano passado.

Hoje, Temer deve conversar, em Brasília, com o prefeito de Salvador, ACM Neto, eleito presidente nacional do DEM. O partido lançou a pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao Palácio do Planalto. Na pauta do encontro está o futuro da aliança entre os partidos. Temer acredita que as duas legendas poderiam fazer um acordo ainda no primeiro turno, o que levaria ao enfraquecimento de Alckmin.