Mudança pode tirar da prisão 9 condenados da Lava Jato

Fausto Macedo

 Julia Affonso

Luiz Vassallo

Ricardo Brandt

Caio Sartori

 Igor Moraes

 

 

Condenado a 34 anos de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o ex-vice-presidente da Engevix Gérson de Mello Almada se entregou ontem à Polícia Federal, em Curitiba. O empreiteiro chegou à PF com um capuz cobrindo a cabeça.

Anteontem, o juiz federal Sérgio Moro ordenou a execução da pena do ex-executivo após sua condenação ser confirmada em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região. Almada é um dos nove condenados na Lava Jato a cumprir pena em regime fechado após decisão ser confirmada em segunda instância.

Ao mandar prender o empreiteiro, Moro advertiu que uma eventual alteração no entendimento do Supremo sobre a execução de pena após decisão de 2.ª instância seria “desastrosa”.

O juiz responsável pelos casos relacionados à Lava Jato em primeiro grau afirmou que a jurisprudência estabelecida pela Corte desde 2016 “é fundamental, pois acaba com o faz de conta das ações penais que nunca terminam”. Moro disse que eventual alteração no entendimento “colocaria em liberdade vários criminosos poderosos condenados por corrupção e lavagem de dinheiro.”