A Executiva Nacional do PSDB referendou ontem a pré-candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República. O ato foi uma formalidade após a desistência do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), de disputar as prévias tucanas. O governador de São Paulo só será declarado candidato oficialmente, no entanto, entre o fim de junho e início de julho, quando será realizada a convenção do PSDB. Apesar disso, Alckmin aproveitou para apresentar propostas para a área econômica e anunciou que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) será o coordenador de seu programa de governo.

O parlamentar cearense foi presidente interino do partido em 2017, quando liderou o grupo dos “cabeças pretas”. Na ocasião, Tasso travou disputa pública com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que tentou se manter no comando da legenda mesmo após ter sido atingido pela delação do Grupo J&F.

“Como o Tasso não é candidato, porque ele tem mais quatro anos de mandato (no Senado), Alckmin solicitou que ele fizesse essa mediação (na campanha). Ele (Tasso) vai trabalhar em cima do programa de governo”, afirmou o segundo-vicepresidente do PSDB, deputado Ricardo Tripoli (SP). Aécio foi uma das ausências na reunião da Executiva.

Área econômica. Tasso foi um dos responsáveis pela escolha do economista Persio Arida, como coordenador de campanha para a área econômica.

Ex-presidente do Banco Central, Arida já desenhou uma das primeiras propostas: uma nova forma de correção dos fundos sociais do governo, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o seguro-desemprego e o abono salarial.

Ontem, na coletiva de imprensa, concedida na sede do PSDB, em Brasília, Alckmin procurou dar grande destaque para essa medida.