O Estado de São Paulo, n. 45535, 19/06/2018. Economia, p. B1

 

Com PIB baixo e incertezas, indústria corta investimento

19/06/2018

 

 

Pesquisas da Fiesp e do Ibre/FGV apontam mesma tendência; taxa de ociosidade atual é de cerca de 30%

A greve dos caminhoneiros, a incerteza eleitoral e as turbulências externas – que contribuíram para a disparada do dólar – derrubaram as projeções de crescimento do PIB para o ano e estão fazendo com que empresários do setor industrial suspendam investimentos. A taxa de ociosidade é de 25% a 30% nas fábricas. Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que, em março, a expectativa, com base na consulta a 442 empresas, era de que seria investido 1,2% mais do que em 2017. Agora, a estimativa é de queda de 0,4%. O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria do segundo trimestre – apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV com cerca de 700 empresas em abril e maio – caiu 7,6 pontos ante o primeiro trimestre. O resultado é quase igual ao do fim de 2017 e está abaixo da média registrada antes da recessão de 2014.

R$ 503 milhões​ é o corte nos investimentos previstos para o ano por 442 empresas consultadas pela Fiesp. O volume total de investimentos cairá 0,4% ante 2017