Correio braziliense, n. 20155, 28/07/2018. Opinião, p. 11

 

Não é fácil fazer diferente

Rodrigo Rollemberg

28/07/2018

 

 

O combate à corrupção e a estrita observância das normas fiscais — com controle de gastos públicos — somados a ações e investimentos para benefício coletivo foram os três pilares do nosso governo. E serão os alicerces da campanha à reeleição. Parece mais do mesmo, discurso reciclado. Mas a verdade é que, no Distrito Federal, fez-se diferente. E não é fácil tentar o novo, nem é fácil para muitas pessoas, acostumadas aos ranços e ao fisiologismo pseudopolítico, enxergar em perspectiva a implantação de um projeto amplo, um projeto de cidade “para todos”.

Durante todo o mandato, pautamos nossa conduta pela tolerância zero com a corrupção, mal maior da abatida política nacional. Gerimos o Distrito Federal com transparência, divulgando informações e dados por meio do Novo Portal da Transparência e do Portal de Dados Abertos.

Criamos a megadelegacia para combate ao crime organizado, contra a administração pública e contra a ordem tributária, para otimizar investigações e tornar mais efetivo o trabalho policial.  Na corrida pelo Palácio do Buriti, nossa ficha é limpa, não contamos com o trabalho nem com o patrocínio de quem ganhou dinheiro dilapidando os cofres públicos. Denúncias levianas da oposição, feitas com claro objetivo de minar nosso governo, vêm-se provando inconsistentes uma após a outra.

Ao assumir o governo, com as contas públicas à beira do colapso após anos de irresponsabilidades e populismos, sem caixa sequer para pagar os salários de janeiro de 2015, começamos um trabalho obstinado de ajuste de gastos. Decidimos arcar com os custos políticos de adaptar a gestão à Lei de Responsabilidade Fiscal, interrompendo o histórico cortejo ao funcionalismo público com promessas de aumentos impagáveis. O esforço foi reconhecido inclusive pelo Ministério da Fazenda, no Boletim da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) do biênio 2015-2016.

Ordenamos também a revisão de contratos e a realização de licitações mais rigorosas, que geraram enorme economia ao erário. Apenas na área da saúde, foram cerca de R$ 50 milhões por ano, que antes se decompunham em vantagens ilícitas para empresas ou particulares, e agora são aplicados em obras e serviços para a população. Exemplo disso é o Novo Hospital da Criança, que está prestes a ser inaugurado, com 202 novos leitos.

De modo geral, o que investimos ao longo dos últimos três anos e meio de governo visou atender a grandes fatias da população, e não a elites ou grupos de pressão. A desobstrução da orla do Lago Paranoá devolveu a todos os brasilienses uma importante opção de lazer da cidade. A desativação do lixão da Estrutural tirou da miséria e da indignidade algumas centenas de catadores. A retomada das obras de Corumbá IV e a entrega do subsistema do Bananal foram um passo decisivo para a garantia da segurança hídrica do DF, além da estação emergencial de captação do Lago Paranoá.

Decisões difíceis foram tomadas. Desagradamos alguns grupos. Mas foram determinantes para o reequilíbrio da gestão financeira da cidade. Reafirmamos nossa convicção de que: “Daqui para a frente, vamos viver anos de prosperidade, melhores para os servidores, para a população e com maior capacidade de investimento”.

Com amor profundo por essa cidade, assumimos corajosamente eventuais falhas, sem esquecer das inúmeras conquistas alcançadas até aqui. Provamos ser possível governar honestamente e em harmonia com a lei, buscando sempre promover o bem-estar coletivo e a qualidade de vida da população. Estamos certos de que os brasilienses entendem o valor e o significado de nossas propostas e de nosso compromisso!