Título: BB corta mais os juros
Autor: Cristino, Vania
Fonte: Correio Braziliense, 05/05/2012, Economia, p. 15

BB corta mais os juros

Os clientes do Banco do Brasil serão beneficiados por uma nova rodada de redução das taxas de juros, a terceira realizada pela instituição nos últimos 30 dias. Desta vez, além de derrubar em 52% os juros do cheque especial — a taxa caiu de 8,31%para 3,94% para os clientes que aderiram ao programa Bom Para Todos —, o banco anunciou medidas inovadoras para a concessão de crédito para quem tem imóvel ou veículo quitado para dar como garantia e facilidades para as pessoas que quiserem usar o mecanismo de portabilidade do crédito e levar o financiamento de veículo para a instituição.

As novas taxas de juros entram em vigor na segunda-feira. Já as novidades em relação à portabilidade e ao crédito com garantia só valerão partir do dia 27. O mercado acionário teme que o banco perca rentabilidade com essa política agressiva de redução das taxas, mas a instituição diz que não vai perder receita pois ampliará a base de clientes. O lucro do no primeiro trimestre de2012, anunciado na quinta-feira, foi 14,7% inferir ao de igual período do ano passado.

Para os clientes, a vantagem é clara. Além de pagar menos no cheque especial, eles também ganharão nas linhas de crédito pessoal (CDC Automático e CDC Renovação), que tinham taxa máxima de 5,79%, agora reduzida para 3,94% ao mês. "Os clientes que aderirem aos pacotes Bom Para Todos não pagarão mais do que isso em nenhuma modalidade de crédito pessoal no BB", garantiu Alexandre Abreu, vice-presidente de Negócios de Varejo.

Nova linha Para atender também aos consumidores que não recebem salário pelo banco, foi lançada uma linha de crédito para pessoas físicas com garantia do próprio imóvel. Nesse caso os juros vão de 1,52% a 1,60% ao mês e o prazo de pagamento é de até 180 meses. Aqueles que não possuem imóvel próprio, ou que tenham renda inferior a R$ 6 mil, poderão oferecer um veículo usado como garantia. Nessa operação, o BB reduzirá os juros de 3,20% para 1,58% ao mês (taxa média).