Título: Desemprego em alta
Autor: Ribas, Sílvio
Fonte: Correio Braziliense, 03/05/2012, Economia, p. 17

O desemprego na Zona do Euro subiu para 10,9% em março, impulsionado por altas na Itália e na Espanha, que fizeram o índice bater o triste recorde de 17,365 milhões de europeus sem trabalho em março, um aumento de 1,732 milhão em comparação com março do ano passado e o maior número desde 1995. O dado revela a realidade dos 17 países que usam o euro como moeda corrente.

Abalada por dados negativos, a Zona do Euro enfrenta ainda o descrédito da população em políticas de austeridade. Desde o início da crise global dos mercados, em 2008, 11 líderes perderam o posto ou renunciaram, diante da pressão em meio a crise agravada com cortes em benefícios que abalaram a confiança dos consumidores.

A lenta recuperação da economia na região tem abastecido de dados negativos os indicadores, especialmente em países como a Espanha, onde os protestos tornaram-se frequentes.

EUA Os empregadores do setor privado nos Estados Unidos criaram 119 mil vagas de trabalho em abril, número bem abaixo do esperado, por volta de 177 mil. Os dados do Relatório Nacional de Emprego, elaborado pela Casa Branca em parceria com a consultoria Macroeconomic LLC e divulgado ontem, revelou também com a desaceleração o pior desempenho no mercado formal de trabalho norte-americano desde setembro de 2011. O total de postos de trabalho criados em março também foi revisado para baixo: 201 mil ante os 209 mil anunciados anteriormente.

O comportamento irregular do mercado de trabalho serviu, segundo analistas, para colocar dúvidas sobre a frágil recuperação da economia norte-americana.