Título: Liberdade de pensamento
Autor: Mascarenha, gabriel; Abreu, Diego
Fonte: Correio Braziliense, 16/05/2012, Política, p. 2

Autor do pedido de vista, Macabu insinuou haver tratamento diferenciado do caso Cachoeira e enumerou argumentos contrários à prisão do bicheiro. Ele citou que não é um "justiceiro". Irritado, Bellizze criticou o colega. "Esse pedido de vista só cria desconforto na Corte. Fica parecendo que quem pensa diferente de vossa excelência é justiceiro. Principalmente um pedido de vista em um julgamento já decidido", disse. Macabu retrucou: "Gostaria de, pelo menos como magistrado, ter respeitada minha liberdade de pensamento. Não chamei ninguém de justiceiro. O pedido de vista está previsto no regimento, mas o ministro Bellizze quer me obrigar a votar."

Advogado de Cachoeira, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos alegou que o bicheiro não representa risco à sociedade ou ao prosseguimento das investigações ao pedir que o STJ decretasse a liberdade dele. "O julgamento não está fechado. Está difícil porque temos três votos contra, mas enquanto não fecha o julgamento os votos não são definitivos. Quem sabe o ministro Macabu traz o seu voto e não convence alguém a votar com ele." Sobre a nova convocação de Cachoeira pela CPI, Bastos afirmou que o habeas corpus de Celso de Mello mantém "sustado" o depoimento.

"São decisões contraditórias. E uma delas inviabiliza o trabalho da CPI" Pedro Taques (PDT-MT), senador