— Isso aí é tapetão puro, não há nenhuma divergência. Não tem o menor sentido querer fraudar a vontade do partido político na aliança —afirmou Alckmin. O argumento dos advogados que entraram com o pedido de cassação do registro é que as atas de seis partidos que compõem a coligação de Alckmin (PTB, PP, PR, DEM, PRB e SD) estão irregulares, já que não exibem expressa concordância com a participação de todos os partidos na aliança. No documento enviado ao TSE, os advogados pedem que, caso a coligação de Alckmin não seja rejeitada, o tribunal retire esses seis partidos do grupo que apoia o tucano. Se o pedido for aceito, Alckmin terá o tempo de propaganda eleitoral reduzido na televisão e no rádio. Os seis partidos têm, juntos, três minutos e 42 segundos. Caberá ao ministro Tarcísio Vieira analisar a questão. Ontem, em Barretos, no interior de São Paulo, onde visitou a Festa do Peão de Boiadeiro, Meirelles afirmou que Alckmin precisa seguir a legislação.

— O governador deve aprender a respeitar a lei. Fazer as coisas e exigir que todos sigam a lei não é tapetão. Compete ao TSE decidir. Nós não vamos ficar criticando a Justiça e dizer que é jogada de tapetão—disse.

‘CANDIDATO DO GOVERNO’

O candidato tucano rebateu também uma declaração do presidente Michel Temer, do MDB, que na última quinta-feira disse ao jornal “Folha de S.Paulo” que Alckmin poderia ser o candidato apoiado pelo governo. A afirmação foi usada pelo adversário Ciro Gomes (PDT) no debate da RedeTV! entre os presidenciáveis na noite de sexta-feira. — Não tem apoio nenhum. O Temer nem gosta de mim. Quando houve a ação para investigá-lo, a bancada inteira de São Paulo votou pela investigação. Não tem o menor sentido, porque o presidente tem candidato, que é o Meirelles. E o MDB tem candidato, que é também o Meirelles.