O globo, n. 31055, 16/08/2018. País, p. 9

 

No Rio, governo em crise terá 12 concorrentes

Waleska Borges

16/08/2018

 

 

 Recorte capturado

Candidatos ao Palácio Guanabara precisam encontrar saída para abismo financeiro, político e a intervenção federal no estado. Baixada Fluminense foi escolhida como o principal destino no primeiro dia de campanha

Na primeira eleição após a prisão dos principais líderes da política fluminense, os 12 candidatos ao governo do Rio entram oficialmente na campanha com atividades de rua que privilegiam temas como segurança, saúde, combate à corrupção, direitos das mulheres e crise financeira.

Quatro dos postulantes ao Palácio Guanabara elegeram a Baixada Fluminense para o primeiro dia de campanha: Eduardo Paes (DEM), Indio da Costa (PSD), Garotinho (PRP) e Dayse Oliveira (PSTU).

Tarcísio Motta (PSOL) e Romário (Podemos) dão a largada pelo Centro do Rio. Outros três candidatos vão priorizar a Zona Norte: Marcia Tiburi (PT), Marcelo Trindade (Novo) e Pedro Fernandes (PDT).

A Zona Oeste vai receber Wilson Witzel (PSC) e André Monteiro (PRTB). Todos os candidatos têm um desafio em comum: encontrar saída para a crise financeira, política e administrativa. No campo da segurança pública, o Rio está sob intervenção do governo federal desde fevereiro — situação inédita no estado.

O Rio tem alguns dos seus líderes locais na prisão ou respondendo a acusações por corrupção. O presidente afastado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), Jorge Picciani (MDB), está em prisão domiciliar após denúncias de recebimento de propinas para favorecer empresas de ônibus. O ex-governador Sérgio Cabral foi para cadeia por corrupção, e o atual governador Luiz Fernando Pezão é suspeito de receber R$ 23 milhões em caixa 2 na campanha de 2014.

O estado também tem problemas na prestação de serviços essenciais, como a saúde, e episódios recentes de atraso nos salários de servidores.