O Estado de São Paulo, n. 45606, 29/082018. Política, p. a4

 

Ministério Público abre investigação sobre tuítes

Teo Cury

29/08/2018

 

 

O procurador regional eleitoral auxiliar do Estado de Minas Gerais, Bruno Nominato de Oliveira, determinou ontem a instauração de um procedimento preparatório eleitoral para investigar eventuais irregularidades envolvendo o pagamento de influenciadores em redes sociais para fazer campanha de candidatos petistas.

Caberão aos promotores eleitorais de Belo Horizonte a identificação e a oitiva dos envolvidos, como os usuários do Twitter e os responsáveis legais das empresas citadas. Em despacho, Nominato diz que o prazo para o término das diligências é de 60 dias. Como o procurador regional eleitoral titular não atua em matéria de propaganda, essa função fica sob a responsabilidade de procuradores auxiliares.

O caso ganhou repercussão no fim de semana após a publicação de uma série de posts exaltando a gestão do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), candidato à reeleição. Internautas passaram a acusá-lo de pagar uma agência de “influenciadores digitais” para divulgar mensagens positivas a seu respeito. Ontem, o governador reafirmou que seu partido e sua campanha não têm nenhuma ligação com a agência ou com qualquer empresa para pagar influenciadores digitais.

Segundo resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “é vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, excetuado o impulsionamento de conteúdos, desde que identificado de forma inequívoca como tal e contratado exclusivamente por partidos políticos, coligações e candidatos e seus representantes”.

 

Piauí. A procuradoria eleitoral do Piauí também analisa as informações sobre eventuais irregularidades envolvendo o pagamento de influenciadores.