Título: Receita é recorde
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Fonte: Correio Braziliense, 23/05/2012, Economia, p. 11
A arrecadação de tributos federais voltou a bater recorde em abril. A receita da União com impostos e contribuições somou R$ 92,63 bilhões, uma expansão real (já descontada a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo — IPCA) de 3,49% sobre o igual mês do ano passado. Com esse desempenho, o maior já registrado para meses de abril, o valor acumulado no ano já alcançou R$ 349,48 bilhões, uma alta de 6,28% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2011. O ritmo de crescimento da arrecadação, contudo, foi mais moderado do que nos meses anteriores, refletindo o desaquecimento geral da economia. No primeiro trimestre, o governo havia arrecadado 7,32% a mais que em igual período de 2011.
Segundo o Fisco, o avanço das vendas no varejo, da massa salarial e das importações influenciou a arrecadação no primeiro quadrimestre. Esses fatores contribuíram para o crescimento das receitas da Previdência Social, que subiram 8,45% no acumulado de 2012, do PIS/Cofins (1,94%), do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado a produtos estrangeiros (15,26%). Os percentuais de acréscimo já descontam a variação do IPCA.
Lucros Ainda sob efeito do desempenho da economia no ano passado, os lucros das empresas se refletiram nos números do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Apenas os dois tributos arrecadaram 9,74% a mais nos primeiros quatro meses do ano em relação ao mesmo período de 2011. Apesar disso, o declínio da produção industrial afetou a arrecadação de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). De janeiro a abril, o IPI cobrado só sobre produtos nacionais rendeu à Receita 6,16% menos do que no primeiro quadrimestre de 2011.]]>