Correio braziliense, n. 20199, 09/09/2018. Política, p. 4/5

 

Uma política para 13 milhões de pessoas

Alessandra Azevedo e Ingrid Soares

09/09/2018

 

 

DESEMPREGO » Nunca houve tanta gente procurando trabalho por tanto tempo. A falta de postos provoca a deterioração das famílias. As propostas dos candidatos - pelo menos dos que têm disposição em apresentá-las - estão aquém dos desafios

Quatro semanas separam este domingo das eleições, ainda sem definição clara sobre quem será o novo ocupante do Palácio do Planalto. E, portanto, sobre quais serão os rumos tomados por ele para resolver um dos maiores problemas dos brasileiros atualmente: o alto e insistente índice de desemprego, que está na faixa de 12,3%, pelos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 12,9 milhões de pessoas procurando emprego, o equivalente a todos os moradores de São Paulo, cidade mais populosa do país.

Embora continuem alarmantes, os números se tornaram comuns nos últimos anos — desde o primeiro trimestre de 2016, há mais de 11 milhões de desempregados no Brasil. Tanto que, quando Geusa da Silva, 42 anos, diz que está há dois anos procurando emprego, ninguém acha estranho. É uma situação comum na vizinhança. Só no Distrito Federal, onde ela mora, há 316 mil desempregados, segundo a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). No caso de Geusa, demitida em 2015 do supermercado em que trabalhava, de nada adiantou enviar currículos. Ela nunca mais conseguiu uma assinatura na carteira de trabalho. No país, 3,1 milhões de pessoas estão na mesma situação, buscando uma vaga há pelo menos dois anos, de acordo com o IBGE. O nível é o maior da série histórica, iniciada em 2012. Nunca teve tanta gente procurando emprego há tanto tempo no país.

A esperança dessas pessoas é que o presidente escolhido em outubro seja capaz de sair do campo das promessas eleitorais e colocá-las, de fato, no mercado de trabalho. Vivendo à base de doações da igreja e da ajuda da irmã, Geusa diz esperar que, depois das eleições, encontre um emprego que a faça “pelo menos conseguir comer direito”. A maior queixa dela é “nunca poder comer carne ou frango” e não se alimentar mais de uma vez por dia, senão faltam alimentos no fim do mês.

Não por acaso, a recuperação do mercado de trabalho é a maior preocupação dos eleitores mais pobres que ainda não decidiram em quem vão votar, de acordo com pesquisa eleitoral da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada em agosto. Entre quem recebe até um salário-mínimo, a maior concentração do grupo ainda sem um candidato definido, 60% das pessoas consideram o desemprego como o principal problema do país. Quem conseguir convencer essas pessoas de que as colocará de volta na ativa tem, portanto, grandes chances de subir nas pesquisas e, quem sabe, conquistar a faixa presidencial.

Programas

Mas, mesmo diante de números preocupantes e do potencial de votos que podem conseguir com boas propostas, boa parte dos presidenciáveis trazem ideias vagas e pouco práticas quanto ao assunto nos programas de governo, com pontos difusos e muitas lacunas, avaliam os especialistas consultados pelo Correio. Como — e se — o problema será resolvido ainda é um mistério. “Estamos em um momento eleitoral avançado e sequer temos a plataforma do candidato que ganhará a disputa. Isso é determinante para traçar o cenário futuro”, diz o professor de ciências econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Mário Rodarte, que define o cenário atual como “de lentidão e incertezas”.

O novo presidente pode ser, de cara, um sinal positivo para que os investimentos hoje represados saiam do papel e as contratações voltem a ocorrer em ritmo mais acelerado. Mas, caso seja eleito um candidato menos dedicado a esse objetivo, o resultado do pleito pode ser encarado com descrença pelos investidores, e o alto nível de desemprego, se estender por ainda mais tempo. “Só se cria emprego quando há novos negócios, novos investimentos. Para que o país entre em uma trajetória virtuosa, tem que vir alguém comprometido a retomar o ritmo de investimento na economia”, resume o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Ajustes

Para trilhar esse caminho, é preciso que o próximo governante se comprometa com o ajuste fiscal, defende Bruno Ottoni, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do IDados. “O mais relevante para essa retomada, a maior preocupação em relação a isso, é a situação fiscal. Há um deficit grande e crescente no país”, lembra. Sem ajuste fiscal, não há como trazer a confiança de volta para os investidores, afirma Ottoni. “Eles precisam ter a sinalização de que a dívida brasileira vai entrar em uma trajetória não explosiva, de que o país será solvente e vai pagar as obrigações. A partir de então, começa a se desenhar um cenário mais animador para os investidores e também para os consumidores”, explica o especialista.

Rodarte, da UFMG, acrescenta a necessidade de uma “revisão política completa”, que envolve diminuir os níveis da taxa de juros e políticas fiscais que privilegiem investimentos governamentais em setores estratégicos. “Tem que unir os setores que mais geram empregos, como a construção civil, com o aumento de obras públicas e casas populares”, defende. Na preparação para as urnas, o ideal é que os brasileiros busquem um nome não apenas que se proponha a alavancar o nível de confiança necessário para reativar a economia, mas que esteja disposto a tocar políticas públicas inclusivas e com olhar voltado para a qualificação profissional. “Em um cenário político conservador, não vejo melhoria a médio ou longo prazo. Precisa de partidos com proatividade na condução econômica em redução de desigualdades e investimento em ciência e tecnologia”, observa o professor.

Perspectivas

Essas iniciativas podem mudar as perspectivas de famílias como a de Maria Almeida, 42, que mora no bairro Santa Luzia da Estrutural, cidade a 15 minutos de Brasília. A mulher trabalhava com serviços gerais de carteira assinada em uma empresa que faliu no ano passado. Desde então, não consegue mais emprego. Mãe de cinco filhos, Maria sobrevive com o auxílio do programa Bolsa Família, que corresponde a R$ 400, e com uma cesta básica que a igreja fornece todo mês. As prioridades na casa, construída com madeiras e tapumes, são a alimentação, material escolar básico dos filhos e sandálias para as crianças menores, pois não há saneamento básico na rua em que moram, e os calçados estragam com facilidade.

A alimentação na casa da família é pouca, as refeições não podem passar de três por dia. A fralda para as crianças menores também são limitadas: apenas uma por noite para cada filho. Durante o dia, eles andam nus e descalços. A filha do meio de Maria tem problemas de saúde que afetam a fala e a concentração na escola, mas faltam recursos para cuidar da menina de 12 anos, que tenta cursar o 5º ano do ensino fundamental. “Ela precisa fazer um raio x da cabeça, mas eu não tenho dinheiro para pagar e não consigo pelo hospital público”, conta. Sem emprego, fica ainda mais difícil.

Sem a ajuda do pai dos filhos, é a avó quem supervisiona a casa enquanto a mãe procura emprego, entregando currículos, ou faz faxina em casa de família, quando aparece. “A diferença de quando eu trabalhava de carteira assinada para este momento é grande. Meus filhos estão dormindo no chão, porque eu não consigo comprar colchão para eles. As crianças só param de pedir comida quando dormem, então eu tenho que priorizar a alimentação”, lamenta. Maria afirmou que, devido ao cenário político atual, faltam esperanças para conseguir emprego. “Eu tento todos os dias: entrego currículos e faço faxinas por aí, mas não passa disso. O jeito é ir pedindo doações”, conclui.

Faltam 28 dias

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Mudanças apenas com crescimento

09/09/2018

 

 

A equação para resolver o problema do desemprego, em tese, é simples: investidores com mais confiança no mercado brasileiro tiram do papel empreendimentos que estavam esperando por um momento mais adequado. A partir daí, surgem novas oportunidades para os 13 milhões de pessoas que têm buscado uma vaga. O problema é que, além da desconfiança que já rondava a economia do país — devido, entre outros motivos, à dificuldade que o governo tem de fazer um ajuste fiscal e arrumar as contas públicas —, as próprias eleições agora entraram nessa conta.O economista Bruno Ottoni, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do IDados, se preocupa com o fato de haver propostas “de A a Z” na área, mesmo entre os candidatos que têm chances reais de disputar o segundo turno. “As propostas são muito diferentes entre si. Isso significa que não há nenhuma garantia sobre o tipo de política que a gente pode esperar”, diz. Essa incerteza está sendo relevante para que a economia não esteja passando por recuperação mais forte, o que reflete diretamente no mercado de trabalho, que não reage de forma intensiva.

O cenário incerto deixa investidores menos propensos a tomar decisões ou a fazer grandes apostas no país. Um obstáculo e tanto, na visão do gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. “Tem candidato falando que vai aumentar tributação, tem outros que não se comprometem com reformas. Isso gera dúvidas no ambiente de negócios, e investidor não gosta de incerteza”, afirma. Investimento é uma aposta. Quanto menos confiança se tem, menos propensão para fazê-la, ressalta o especialista.

Turbulência

Além disso, do ponto de vista internacional, também há turbulências que se refletem no mercado de trabalho brasileiro: ameaça de guerra comercial entre Estados Unidos e outros países, ataques especulativos financeiros, desvalorização forte da moeda argentina, entre outros. “O cenário internacional está mais complicado, o que também tem efeito a curto e médio prazos na recuperação da economia brasileira”, afirma Ottoni. Devido às incertezas, o professor de economia Carlos Alberto Ramos, da Universidade de Brasília (UnB), não prevê mudanças a curto prazo. “Só vai mudar quando retomarmos o crescimento de forma prolongada. Não será em um ou três meses que se resolverá, nem em um ano”, garante.

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A tragédia do desalento

09/09/2018

 

 

A situação do mercado de trabalho brasileiro chama atenção não só pela falta de oportunidades para quem procura emprego, mas também por ressaltar a desesperança crescente entre os brasileiros. Embora a taxa de desocupação tenha caído levemente na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) — de 12,4% para 12,3% na comparação entre o segundo trimestre do ano, terminado em junho, e os três meses anteriores — isso não aconteceu pela retomada da economia e pela abertura de vagas, como seria desejável. Os motivos são muito menos animadores. Um deles é que mais pessoas desistiram de procurar emprego e passaram para a lista dos chamados desalentados.

No cenário de incerteza e economia estagnada, não surpreende que a quantidade de brasileiros nessa situação tenha batido recorde no último levantamento do IBGE. 728 mil pessoas mudaram o status de “procurando vagas” para de “sem esperanças de conseguir” em apenas um ano. Ao anunciar os dados, em agosto, o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, ressaltou o problema, ao dizer que o desalento “contribui expressivamente com a queda do desemprego”.

Com o incremento do último ano, o Brasil passou a ter 4,8 milhões de desalentados. “As pessoas percebem que continuar procurando não vai surtir o efeito desejado, e procurar gera gastos que são significativos para quem está desempregado. O desalento acaba sendo uma espécie de segundo nível do desemprego”, explica o professor de ciências econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mário Rodarte.

Recuperar a esperança dessas pessoas é um desafio tão urgente quanto dar oportunidade para os que ainda procuram uma vaga. A perspectiva, entretanto, não é das melhores para os próximos meses: queda ou, na melhor das hipóteses, estabilidade no nível de emprego, prevê a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em junho, o Índice de Medo do Desemprego, calculado pela CNI, cresceu 4,2 pontos em relação ao verificado em março. O índice de 67,9 pontos é o maior da série histórica, iniciada em maio de 1996, e está 18,3 pontos acima da média histórica, de 49,6 pontos.

A notícia é ruim para os desempregados e, também, para o resto dos brasileiros, que dependem dessa recuperação para garantia de uma economia mais estável. O desalento limita o crescimento do consumo das famílias, responsável por 67% do Produto Interno Bruto (PIB), e, consequentemente, o ritmo de recuperação da atividade econômica, além da oportunidade de oferta de novos postos de trabalho. “Essa situação dificulta até mesmo que o consumo seja usado como mola propulsora para gerar empregos”, lamenta Bruno Ottoni, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do IDados.

Qualificação

O gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, lista dois motivos principais para o nível alarmante de desalento: a questão conjuntural, da recessão, e a falta de qualificação das pessoas, muitas das quais desistem porque nunca estão no nível exigido para as vagas. O primeiro é resolvido a médio e longo prazos, caso as políticas adequadas sejam priorizadas pelos próximos governantes. O segundo fator, para ser equacionado, precisa de investimento específico na formação e geração de competência adequada às pessoas para que possam aproveitar as oportunidades que surgirem.

“As profissões estão desaparecendo. Não dá para voltar o relógio para trás e perder competitividade. As pessoas precisam de aprendizagem contínua, porque ninguém sai da escola técnica ou da faculdade pronto para a vida. Isso exige políticas públicas mais voltadas para o resultado”, pontua Castelo Branco. “Às vezes não é nem questão de colocar mais recursos nisso, porque há muito desperdício”, acredita.

Outro passo que pode ser dado nesse sentido é investimento em agências de emprego, acrescenta Ottoni. “Essas agências servem para melhorar o pareamento entre empregador e desempregado, uma forma de facilitar e permitir o acesso da pessoa ao emprego de forma mais rápida e mais precisa”, explica. Embora haja iniciativas parecidas do governo, ele defende que, pelo menos a princípio, esse investimento seja feito por empresas privadas. “O governo poderia dar algum tipo de incentivo para quem criasse as agências. Dessa forma, não geraria novos gastos em momento de crise”, explica.

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As propostas

09/09/2018

 

 

Álvaro Dias (Podemos)

É fundamental a adoção de um modelo econômico no qual o tripé macroeconômico (regime de metas de inflação, câmbio flutuante e cumprimento da meta fiscal) seja restaurado, garanta-se a independência do Banco Central e também se abandone definitivamente a ineficiente e ultrapassada política intervencionista que gerou ainda mais concentração de renda. Ou seja, devemos promover uma série de reformas urgentes. São fundamentais para a geração de emprego, os setores energético e ambiental, o agronegócio e o turismo, bem como a construção civil. De forma paralela, oferecer incentivo à contratação de pessoas em busca de seu primeiro emprego e/ou de pessoas que estejam há muito tempo desempregadas.

 

Ciro Gomes (PDT)

Precisamos construir um projeto nacional de desenvolvimento que possa incentivar a retomada da indústria nacional e gerar empregos em quatro áreas principais: complexo industrial da saúde, complexo industrial da energia, petróleo e gás, complexo industrial da defesa e complexo industrial do agronegócio. São áreas nas quais o Brasil já possui protagonismo, mas precisam ser estimuladas porque têm capacidade de gerar milhares de empregos. Além disso, vamos estimular a construção civil, setor da economia que pode reagir mais rápido e também gerar muitos postos de trabalho.

 

Guilherme Boulos (PSol)

O investimento em estrutura social e políticas públicas é o que permite geração de emprego. E isso passa por uma retomada de investimento público no Brasil, com foco no desenvolvimento das regiões mais carentes. É urgente a revogação da Reforma Trabalhista do atual governo, que só fez o desemprego crescer e precarizou o trabalho. Nosso plano propõe transformar as carências estruturais do país em oportunidades para o crescimento. Queremos retomar os investimentos públicos em obras de infraestrutura viária, logística e social, com atenção para regiões mais atingidas pela crise ou com grandes carências de infraestrutura, gerando empregos e renda .

 

Geraldo Alckmin (PSDB)

A prioridade do futuro é criar empregos e isso está ligado à capacidade que o Brasil terá de atrair investimentos privados, em especial na área de infraestrutura, que cria muitos postos de trabalho diretos e indiretos. Para retomar a criação de empregos, o país precisa crescer de 4% a 5% ao ano, sem criar impostos e sem comprometer benefícios sociais. Temos que melhorar o ambiente de negócios, simplificar tudo, fazer a abertura comercial, aumentar a produtividade, melhorar a gestão dos recursos existentes e sanear as finanças. Além disso, pretendemos redesenhar os programas de apoio e qualificação do trabalhador.

 

Henrique Meirelles (MDB)

Meu objetivo é alavancar o crescimento da economia brasileira e a geração de empregos de qualidade via aceleração dos investimentos em infraestrutura. Para tal, as seguintes propostas serão adotadas: finalizar as obras hoje paralisadas (existem 7400 obras paralisadas hoje no país); promover, pela simplificação legal e regulatória, o investimento e operação de ativos de infraestrutura em regime de direito privado; finalmente, existe um grande número de empresas estatais no setor de infraestrutura, que funcionam com baixa produtividade e precisam ser privatizadas. É o caso da Eletrobras.

 

João Amoêdo (Novo)

A primeira é a volta do crescimento da economia, de uma maneira durável e sustentável. É preciso recuperar o rating do Brasil com um ambiente mais simples e seguro de negócios. Temos uma série de reformas associadas a um salto de produtividade — da desburocratização à reforma tributária — que são essenciais para que a economia volte a gerar empregos, e empregos melhores. Precisamos aperfeiçoar a reforma trabalhista para que haja uma oferta de empregos com modalidades contratuais mais flexíveis em termos de horários, remuneração e duração de contrato.

 

Lula (PT)

O povo tem pressa de voltar a viver com a certeza do trabalho, do salário e da proteção da lei. Nos primeiros meses de governo, a coligação O Povo Feliz de Novo implantará o Plano Emergencial de Empregos para começar a devolver a dignidade a milhões de famílias que tanto sofreram pelo drama do desemprego. O Brasil vai voltar a gerar empregos no curto prazo, e vamos voltar a valorizar o salário-mínimo para impulsionar a economia popular. Obras paradas do Minha Casa, Minha Vida serão uma prioridade porque elas resolvem dois problemas: a falta de moradia e a de emprego.

 

Marina Silva (Rede)

A criação de empregos dignos será o foco central. Além da oferta de empregos no setor de infraestrutura, as diretrizes do Programa de Marina Silva defendem um ambiente favorável aos negócios, com incentivo a questões produtivas e a facilitação do comércio exterior. Será necessária uma revisão das prioridades de intervenção do Estado, privilegiando as atividades que geram mais empregos, com diminuição dos custos de contratação do trabalho formal e orientação dos programas sociais à inserção produtiva. As diretrizes preveem o incentivo para geração de energias limpas e renováveis, com a Petrobras na liderança. A energia solar fotovoltaica poderá gerar cerca de 3,9 milhões de empregos diretos e indiretos até 2030.  A implementação do RenovaBio deverá criar 1,4 milhão de empregos. Estudos do IPEA mostram que 200 empregos diretos e indiretos são criados para cada mil hectares de área de florestas em recuperação.

 

Jair Bolsonaro (PSL)  não respondeu.