O globo, n. 31083, 13/09/2018. País, p. 6

 

Bolsonaro é submetido a cirurgia de emergência

Jussara Soares

Gustavo Schmitt

13/09/2018

 

 

Procedimento foi realizado após exame de imagem constatar ‘obstrução abdominal progressiva’ da parede do intestino delgado; filho de presidenciável afirma que estado de saúde do pai ‘ainda é grave’

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) foi operado de emergência na noite de ontem, com sucesso, para corrigir obstrução no intestino. O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi submetido na noite de ontem a uma cirurgia de emergência para desobstrução da parede do intestino delgado. A informação foi confirmada pelo Hospital Albert Einstein, na Zona Sul da capital paulista, onde o presidenciável está internado desde a última sexta-feira. O procedimento começou a ser realizado por volta das 22h e durou quase duas horas. De acordo com a TV Globo, a cirurgia foi concluída, com sucesso, por volta de 23h40.

Em nota, o hospital informou que Bolsonaro teve uma distensão abdominal progressiva e náuseas e teve que ser submetido a uma tomografia de abdômen. O exame identificou uma aderência obstruindo o intestino delgado e foi necessário tratamento cirúrgico.

Ainda de acordo com a equipe do hospital, o candidato deve continuar internado na unidade de cuidados semi-intensivos.

O deputado foi transferido para São Paulo um dia após ter sido esfaqueado durante evento de campanha na cidade de Juiz de Fora (MG). Na terça-feira, ele havia deixado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a unidade semi-intensiva.

Alimentação endovenosa

No boletim divulgado pela manhã, o hospital informara que Bolsonaro teve a alimentação oral suspensa. Na terça-feira, os médicos haviam anunciado uma dieta leve, a que Bolsonaro teve boa tolerância, sem apresentar náuseas ou vômitos. Mais tarde, no entanto, surgiu uma distensão abdominal, e os médicos decidiram continuar com a alimentação endovenosa.

Sem indicar previsão de alta, a equipe médica informou ainda pela manhã que Bolsonaro permanecia estável, sem febre ou outros sinais de infecção. Os relatórios médicos de Bolsonaro só são publicados após aprovação da família. Desde a última sexta-feira, eles são assinados pela equipe médica responsável pelo candidato (o cirurgião Antônio Luiz Macedo e o cardiologista Leandro Santini Echenique) e Miguel Cendoroglo, diretor-superintendente do hospital.

Ontem, o ministro do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, visitou o candidato no hospital. A visita foi um pedido do presidente Michel Temer que, segundo a assessoria, gostaria de “levar uma mensagem desejando pronta recuperação.

Ontem à noite, pelo Twitter, Flávio Bolsonaro, filho do presidenciável e candidato ao Senado pelo PSL, afirmou que o pai continua em “estado grave”.

“O meu pai está fazendo uma nova cirurgia agora, peço que continuem as orações, o estado dele ainda é grave”, afirmou Flávio.