Título: BCs acalmam bolsas
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Fonte: Correio Braziliense, 15/06/2012, Economia, p. 12

Em Nova York, operadores acompanham as cotações, que tiveram alta

As principais bolsas de valores do mundo continuaram mostrando instabilidade, refletindo os temores em relação aos desdobramentos da crise europeia e o nervosismo com as eleições do próximo domingo, na Grécia, que podem pavimentar o caminho de saída do país da Zona do Euro. As notícias de que os bancos centrais dos maiores países preparam uma ação coordenada para evitar desordem nos mercados, entretanto, acalmou os investidores no final dos pregões.

Após dois dias seguidos de alta, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda 0,54%, mas o recuo foi influenciado em grande parte pela divulgação do novo plano de negócios da Petrobras, que desagradou o mercado ao aumentar os investimentos, mas cortar metas de produção de petróleo e gás entre 2012 e 2016. Os papéis da estatal caíram quase 4% e seguraram no campo negativo o índice das principais ações (Ibovespa), mesmo depois do anúncio de que as autoridades financeiras estão atentas ao desenrolar da crise.

Nos Estados Unidos, os mercados reagiram favoravelmente às notícias tranquilizadoras. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 1,24%, o Standard & Poor"s 500 teve valorização de 1,08% e a bolsa de tecnologia Nasdaq subiu 0,63%.

Na Europa, a tendência não foi uniforme. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em queda de 0,32%. Além do nervosismo com a turbulência global, o indicador foi influenciado pela queda dos papéis da fabricante finlandesa de celulares Nokia, que anunciou planos para dispensar 10 mil empregados, e do banco Credit Suisse, que está sendo pressionado pelo governo suíço a aumentar o capital para se proteger dos riscos da crise. Foram registradas baixas também em Londres (0,31%) e Frankfurt (0,23%). Nas demais praças, no entanto, o clima foi mais favorável. A Bolsa de Paris ficou praticamente estável, avançando apenas 0,08%. Houve valorização de 1,74% em Milão, de 1,22% em Madri e de 0,88% em Lisboa.