Título: Empresas dão ideias
Autor: Mascarenhas, Gabriel
Fonte: Correio Braziliense, 20/06/2012, Brasil, p. 10

Um grupo de empresários brasileiros se reuniram, na última semana, para juntar propostas que ajudem na transição da economia tradicional para a verde, tema que está sendo debatido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável — a Rio+20. No encontro, idealizado pelo Instituto Ethos, foram definidos 18 pontos. Nove deles foram encaminhados como sugestões para os negociadores da Rio+20 e o restante são compromissos assumidos para atuar de forma sustentável. Cerca de 14 empresas do Distrito Federal e representantes do Banco de Brasília (BRB) participaram do seminário, em São Paulo.

Segundo Paulo Itacarambi, presidente do Instituto Ethos — entidade que reúne 1,4 mil empresas brasileiras de grande e pequeno porte —, a conferência A Empresa e a nova economia — o que muda com a Rio+20 reuniu os melhores especialistas do país e do exterior. Foram debatidos temas que fizeram parte do Caderno de Subsídios, entregue à ONU, e versavam sobre economia da biodiversidade, desenvolvimento sustentável para o combate a pobreza, cidades sustentáveis, além de desemprego, combate a corrupção, migrações, direitos humanos, entre outros.

De acordo com o presidente do BRB, Jacques Pena, a instituição já adota medidas sustentáveis há algum tempo. Pena afirma que o banco está oferecendo sugestões para clientes de vários setores, principalmente da construção civil, indústria e comércio, e incentiva a participação de empresários no conhecimento de novas práticas.

Distrito Federal como exemplo O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, levou para a Rio+20 projetos em desenvolvimento na capital federal, como o Brasília, Cidade Parque, de recuperação das unidades locais de preservação; o Plante uma Árvore, por meio do qual os moradores escolhem o local onde mudas nativas do cerrado serão plantadas, e o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, que concorre ao selo máximo de sustentabilidade pelo conjunto do projeto. Ao destacar que Brasília já é referência em preservação do meio ambiente, Agnelo ressaltou a criação de 72 parques até 2014, que reafirmará a capital como um símbolo de qualidade de vida.