O globo, n. 31219, 27/01/2019. País, p. 4, 7, 8 e 9

 

Mortos passam de 30 em Brumadinho

Ana Lúcia Azevedo

Cleide Carvalho

Camila Bastos

Eliane Oliveira

João Sorima Neto

27/01/2019

 

 

Equipes do Corpo de Bombeiros continuam a busca por mais de 250 desaparecidos após desastre em barragem da Vale. Presidente Jair Bolsonaro sobrevoou a região e aceitou oferta de ajuda do governo de Israel. A Polícia Federal vai investigar o caso

No segundo dia de buscas por vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), o número de mortos chegou a 34, enquanto mais de 250 pessoas continuam desaparecidas. Os bombeiros conseguiram resgatar 46 vítimas com vida, sendo que 23 estão internadas em hospitais da região e da capital, Belo Horizonte.

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar as causas e as responsabilidades pela tragédia. A investigação será conduzida pela Superintendência da PF em Minas Gerais. Inicialmente, havia quatro pontos de buscas onde os bombeiros acreditavam que poderia haver sobreviventes. Em um deles, um ônibus soterrado, os ocupantes — todos funcionários da Vale — foram encontrados mortos. Restam ainda três desses pontos de resgate com possíveis sobreviventes: uma locomotiva, parte de um prédio que desabou e a região de uma comunidade em Parque das Cachoeiras. O Comandante do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Coronel Edgard Estevo, informou que o trabalho de buscas deve se prolongar por semanas e foi prejudicado ontem pela forte chuva. A equipe de voluntários do grupo Anjos do Asfalto, que participa do resgate, diz que, embora a quantidade de lama seja menor que a de Mariana, as condições são mais difíceis e perigosas e que parte das vítimas pode nunca ser encontrada. O resgatista Edmar Freitas explica que a lama afunda sob o peso das pessoas e as suga completamente.

Ajuda de Israel

O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou ontem a região de Brumadinho. Ao retornar a Brasília, Bolsonaro disse que “pode aumentar muito o número de mortos”. —Daqui para frente o trabalho é basicamente busca de desaparecidos, infelizmente, pode aumentar muito o número de mortos —disse. O Palácio do Planalto também informou que o governo de Israel ofereceu ajuda ao Brasil, numa conversa, por telefone, de Bolsonaro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Segundo com o embaixador de Israel, Yossi Shelly, o país enviará ainda hoje um avião com 120 especialistas, além de cães farejadores e equipamentos de alta tecnologia. O mar de lama que desceu a Serra dos Dois Irmãos pode ganhar uma proporção ainda maior se os detritos não forem amortecidos na barragem da hidrelétrica de Retiro Baixo, a mais de 200 quilômetros do ponto de rompimento, e alcançarem a Represa de Três Marias, no Rio São Francisco. —Os detritos já atingiram uma área importante de Mata Atlântica muito próxima à Vale. Ainda não se pode avaliar os danos provocados, mas muitos animais silvestres morreram soterrados e a vegetação foi destruída. Agora, a lama segue pelo rio Paraopeba e a expectativa é que seja contida pela barragem da usina de Retiro Baixo. Caso isso não aconteça, a lama pode chegar ao São Francisco—avalia Maria Dalce Ricas, superintendente-executiva da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda). Em nota, a estatal Furnas, que opera a usina, informou que já retomou as operações das duas turbinas de sua hidrelétrica Retiro Baixo, que haviam sido paralisadas para evitar que a lama pudesse comprometer a estrutura das turbinas. Segundo a estatal, a atividade foi retomada porque os rejeitos se deslocam lentamente e só devem chegar à usina na terça-feira. Técnicos da hidrelétrica avaliaram que a possibilidade desses detritos chegarem ao rio São Francisco diminuiu. O boato de que uma outra barragem teria rompido assustou moradores ontem pela manhã. A Vale informou que monitora a estabilidade da Barragem 6 a cada hora e realiza drenagem com o uso de bombas.

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Pousada some no mapa

Ana Lúcia Azevedo

27/01/2019

 

 

Uma das pousadas mais conhecidas da área, a Nova Estância sumiu do mapa. Cinco hóspedes, os donos e funcionários estão desaparecidos. Equipes de resgate acharam ônibus com vítimas dentro. Desde a tarde da última sexta-feira, Lediane Paula, de 24 anos, vaga pelas ruas do vilarejo de Córrego do Feijão, em Brumadinho. Passou a madrugada assim. Veio a manhã e ela estava exausta, mas seguia. Parava apenas para enxugar as lágrimas e perguntar a qualquer um na rua se por acaso tinha ouvido notícias de Cristina de Paula, sua mãe, de 37 anos, que a teve quando era ainda uma menina.

Sem notícias. Às lágrimas, Lediane Paula passou a noite buscando a mãe, que trabalhava na pousada soterrada
A mãe trabalhava na pousada Nova Estância, sepultada pelo mar de lama. Frequentada por celebridades, era uma das mais sofisticadas entre as opções de hospedagem da região. Servia de base para visitantes do parque de Inhotim, que fica a 18 quilômetros do local onde ficava a pousada. Três pessoas que estavam na pousada foram resgatadas com vida, mas pelo menos cinco hóspedes permaneciam desaparecidos ontem, além dos proprietários e um filho deles.

O dono da pousada é o empresário Márcio Mascarenhas. Ele estava com a mulher, Cleo, e o filho Márcio no local no momento do acidente. Nas redes sociais, amigos e parentes postaram mensagem de luto. O Corpo de Bombeiros não informou se os três estão entre os mortos.

Vistas de famosos

Ontem, moradores da região se espantavam ao constatar que o espaço não existe mais, encoberto pelo rastro dos rejeitos da barragem. O desaparecimento da pousada virou mais um símbolo da tragédia. Localizada numa várzea à beira do Córrego do Feijão, a pousada ficava junto a uma estrada que leva a Inhotim, o parque com obras de arte que atrai muitos turistas. Cercada de arvores, era o lugar mais pitoresco do povoado. Agora, há ali apenas lama. O local era destino de famosos, cujas visitas eram registradas nas redes sociais pelos administradores da pousada. Passaram pela pousada celebridades como o cantor Caetano Veloso, o ator Marcos Veras, o humorista Marcelo Madureira, o ex-jogador de futebol Raí e os jornalistas Sandra Annemberg e Ernesto Paglia. Antigos hóspedes recorreram às redes sociais ontem para deixar mensagens de pesar pela tragédia no perfil da pousada.

Em sua busca, Lediane perguntava também pelo cunhado Reinaldo e a melhor amiga, Diomar. Todos desaparecidos sob a lama. Amigos abraçavam Lediane, mas também nada sabiam. Choravam juntos. Parentes e moradores se acotovelavam num posto montado pela mineradora Vale em busca de notícias. —Perdi meu mundo — lamentou Lediane.

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Histórias soterradas

Ana Lúcia Azevedo

27/01/2019

 

 

À beira do mar de lama de rejeito de mineração da Vale em Córrego do Feijão, em Brumadinho, uma placa ainda informa que naquele sítio se vendia duas tradições mineiras, queijo e quiabo. Ali viviam Davis de Almeida, de 23 anos, e sua mulher, Adriana Pereira Alves, de 19. O lar e suas tradições em nada se distinguiam de outras tantas pelas Gerais afora. Agora, mergulhada na lama, rachada pelo rejeito e com as árvores do quintal destroçadas, a casa se irmana às engolidas pelo desastre de Mariana. Com vista para a paisagem desolada em que o gado ainda agoniza, Córrego do Feijão se tornou uma nova Bento Rodrigues, o distrito onde vivia a maioria das vítima de Mariana: um monumento aos desastres de mineração. Davis mal olha para a casa. Na manhã de ontem, procurava por alguns objetos e documentos que não tivessem sido destruídos. Sua maior preocupação é Adriana. Sozinha em casa na hora do almoço, quando a onda de lama chegou, ela não teve tempo de escapar. Suas pernas foram esmagadas pelo rejeito. Mas, “por milagre”, diz o marido, foi resgatada com vida e agora está internada num hospital.

Da casa e do lugar onde existia nada sobrou. Embora de dimensão menor que o vazamento da Barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana, a onda de lama arrasou a parte mais baixa do distrito de Córrego do Feijão. E reproduziu o pesadelo em que os moradores de Bento mergulharam há três anos e dois meses, sem fim à vista ou punição para os culpados. Como em Bento, os moradores do Feijão passaram a noite às escuras, desabrigados e sem informações. O dia amanheceu e só expôs com mais clareza as dimensões da desgraça. — Nosso povoado dependia da mineração e foi destruído pela mineração. Para nós, é uma perda completa. Não sabemos como vai ser nosso futuro — afirma Sandra Gonçalves, de 43 anos, que trabalha numa mineradora e perdeu parentes na tragédia.

O som do desastre

A filha dela, Karolainy Stefan, de 21 anos, diz que o distrito sequer sabe quantos de seus habitantes morreram ou ficaram feridos: —Aqui todo mundo se conhece, mas agora ninguém sabe mais de nada. Ninguém nos informa nada. Estamos sem água. Não tínhamos a menor ideia do risco que corríamos. Não soaram nem sirene para nos avisar. É como se a vida da gente não valesse nada — afirma Karolainy.

Para uns, a onda de lama chegou com o barulho de um trem descarrilhando. Para outros, o estrondo de caminhões tombando. Para Wesleyane Paloma, de 26 anos, não tinha som de nada. Lembra só do relógio marcar 12h20m e do marido Luciano Horta, de 29 anos, e o cunhado a arrastarem com o filho Gabriel, de 7 meses, para uma parte alta do vilarejo.

Com o filho no colo, Wesleyane espera por notícias em frente da igreja transformada em posto de equipes de resgate:

— Ninguém nos dá informações. Recorremos às redes sociais e aos jornais. Nos ignoram. A gente já não confiava muito e agora perdeu completamente qualquer fé nas autoridades e na Vale. Escondem de nós informações.

A lagoa da qual os moradores se orgulhavam está no fundo do mar de lama, assim como as casas da parte baixa, a estrada para Inhotim e o futuro do distrito. Está na lama o sonho do casal Anderson Santos, de 48 anos, e Patrícia Cunha, de 56, uma casa de veraneio. —Você não imagina como isso aqui era lindo. Era o nosso paraíso.

Agora, mergulharam num pesadelo. Conhecem muitos dos desaparecidos. E não sabem em que ponto do mar de lama sua casa de apenas cinco meses está. A onda de rejeitos segue seu rumo para o Paraopeba. E de lá, como o rejeito da Samarco fez com o Rio Doce, poderá chegar ao São Francisco, o maior rio totalmente brasileiro.

Rumores trazem medo

A falta de informação também acentuava a angústia da menina Ester Ribeiro de Assis, de 14 anos. Sua mãe não aguentou mais esperar no ponto de abrigo no centro de Córrego do Feijão e agora está desesperada com medo que nova barragem estoure. Ester espera notícias da tia Angelita, enfermeira que trabalhava na Vale, da Rosélia , amiga que estava no restaurante da mineradora e da amiga Laís, na pousada Nova Estância. — Ninguém nos dá informação. Estamos abandonados

—reclamou. Os rumores de que uma barragem de água do Complexo Paraopeba, da Vale, possa estourar deixa os moradores do Córrego do Feijão mais apreensivos. Ela fica acima da barragem rompida e o temor é que a estrutura tenha sido afetada. Sem luz e telefone, eles não sabem o que fazer, diz Cesáreo Lima, de Parque Cachoeira, povoado com ruas inteiras soterradas. O mesmo ocorre no vizinho Tejuco. Em meio ao desamparo geral, a tragédia também faz surgir histórias de solidariedade. O dia ainda nem tinha amanhecido, ontem, e os voluntários da Cruz Vermelha Duda Salgueiro e Daniel Duarte já recomeçavam o trabalho de buscas pelos desaparecidos do rompimento das barragens de Córrego do Feijão.

Os dois são de Mariana e correram para Brumadinho assim que souberam da tragédia. Além de prestar o apoio de quem sobreviveu ao desastre de 2015, procuravam também por amigos. Entre os funcionários da Vale desaparecidos na lama estão quatro rapazes de Mariana que arrumaram emprego na mina de Córrego do Feijão depois que o rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco, os deixou sem trabalho.

— Agora tememos que tenham perdido a vida — diz Daniel.

Duda ainda não consegue entender como tudo pode se repetir. Em 2015, conta, ela trabalhou dias sem parar em estado de transe após a tragédia, e perdeu cinco quilos. Hoje, em choque mais uma vez, se diz presa num pesadelo.

— Tenho medo de que nunca mais o país saia da lama. Como puderam deixar isso acontecer?.

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Ônibus é achado sob escombros, sem sobreviventes

27/01/2019

 

 

‘Não estamos atrás de corpos. Estamos atrás de pessoas que possam estar ilhadas’, diz comandante das buscas

Um ônibus com funcionários da Vale foi encontrado ontem pelas equipes de resgate sob a lama. O veículo era uma das esperanças dos Bombeiros de haver sobreviventes nos escombros, mas todos estavam mortos. Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, o ônibus estava perto da barragem rompida. Pelo horário do acidente, uma das possibilidades é de que o veículo estivesse levando os funcionários para almoçar. A equipe de resgate precisará de equipamento especial para a retirada do veículo soterrado. —Como é um local de difícil acesso e precisamos de um maquinário especial para acessar essa estrutura e retirar essas vítimas, ainda não fechamos o número de óbitos. Mas esse número de óbitos, ele irá aumentar — ressaltou o porta-voz dos Bombeiros.

Além do ônibus, a expectativa de encontrar sobreviventes se concentrava em outros três pontos: uma locomotiva que também ficou soterrada, a parte de um prédio que desabou e uma comunidade no bairro de Parque das Cachoeiras. Durante o dia de ontem foram encontradas três pessoas vivas sob os escombros, segundo informou o coronel Godinho, comandante das buscas:

— Não estamos atrás de corpos. Estamos atrás de pessoas que possam estar ilhadas. Hoje encontramos três sobreviventes e amanhã podem ser mais três. O comandante disse que na tarde de ontem a chuva forte interrompeu as buscas por cerca de 50 minutos. O militar afirmou que os trabalhos continuam durante a noite e serão feitos por especialistas em alagamentos e rompimentos de barragens. Godinho afirmou que as pessoas desaparecidas são funcionários da Vale ou terceirizados. Em bairros atingidos como Parque das Cachoeiras, porém, houve família ficaram ilhadas, sem contato por telefone ou sinal de internet, e aguardavam para serem resgatadas. Também por isso, ainda é impreciso o número total de desaparecidos. A Vale divulgou na manhã de ontem uma lista com nome de funcionários que trabalhavam no complexo da empresa em Brumadinho e com os quais não havia sido possível fazer contato. A lista foi sendo atualizada ao longo do dia e, no início da noite, estava em 251 o número de pessoas ainda não localizadas. Ontem, as buscas por helicóptero foram suspensas pela Polícia Civil às 17h30. Depois desse horário, as aeronaves sobrevoaram apenas áreas de interesse, que são aquelas onde os corpos podem ser encontrados. As Forças Armadas também estão participando do resgate. O Comando Militar do Leste (CML) informou que militares das Forças atuam com um helicóptero para reconhecimento aéreoe equipamentos móveis de telecomunicação — como telefones por satélite e rastreadores via satélite.

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Ibama multa Vale em R$ 250 milhões

Camila Bastos

27/01/2019

 

 

 Recorte capturado

 

 

Justiça bloqueia R$ 6 bilhões de mineradora

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou ontem que o Ibama vai aplicar uma multa de R$ 250 milhões à mineradora Vale. Salle disse que não há, por parte do governo Bolsonaro, qualquer projeto de afrouxamento da fiscalização ambiental. — Muito pelo contrário, como mostramos hoje pela ação do Ibama, a fiscalização e atuação do órgão é rigorosa e rápida —afirmou. Ontem, a pedido do Ministério Público de Minas Geral, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 5 bilhões da Vale. O objetivo é garantir a adoção de medidas emergenciais. Na sexta-feira, o juiz da Vara de Fazenda Pública de Belo Horizonte Renan Chaves Machado já havia determinado o bloqueio de R$ 1 bilhão, em outro pedido, para resolução de problemas decorrentes do rompimento da barragem. O advogado-geral do Estado de Minas Gerais, Sérgio Pessoa, disse que o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, já havia se comprometido a fazer um depósito em conta judicial de R$ 1 bilhão para garantir as medidas emergenciais.

Ampliação aprovada

A ata de uma reunião que aprovou a ampliação da licença da barragem de Brumadinho revela preocupação do Ibama e de moradores com risco de uma tragédia. O encontro ocorreu em 11 de dezembro, quando a Câmara de Atividades Minerárias se reuniu na sede do órgão ambiental do governo de Minas Gerais, e deu o aval por oito votos a um para a ampliação das atividades do Complexo do Paraopeba, que inclui a Mina Córrego do Feijão, onde houve a ruptura na barragem 1. No documento, o representante do Ibama Julio Cesar Dutra Grilo fez um alerta aos presentes e se absteve de votar: “A população está preocupada com toda razão. Muita gente aqui citou o problema de Mariana (se referindo à tragédia anterior), de Fundão, e vocês têm um problema similar. E ali é o seguinte, essas barragens não oferecem risco zero”, afirmou Grilo, que ainda foi além: “Em uma negligência qualquer de quem está à frente de um sistema de gestão de risco, aquilo rompe. Se essa barragem ficar abandonada alguns anos, ela rompe, e isso são 10 milhões de metros cúbicos. Então, é muito importante”. Membro do Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas (Fonasc), Maria Teresa Viana de Freitas Corujo, repudiou o pedido de licenciamento e apresentou o único voto contrário na reunião. Na ocasião, ela afirmou ainda que não estava sendo respeitado o prazo adequado para se tratar de empreendimentos de mineração de grande de porte e de potencial poluidor, como era o caso da barragem. “Eficiência, na questão ambiental, não é agilizar licenciamentos de mineração”, disse.