O globo, n. 31207, 15/01/2019. Economia, p. 17
Em Davos, Bolsonaro quer intensificar comércio
15/01/2019
Presidente afirma que participação no Fórum Econômico Mundial será chance de mostrar que Brasil quer negociar com todos
O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que sua participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, na próxima semana, será uma oportunidade de mostrar que o Brasil quer fazer comércio como mundo todo e está“livre de amarras ideológicas e corrupção generalizada ”.
“Na próxima semana embarco rumo a Davos, Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial. Estou confiante e feliz com essa grande oportunidade de apresentar a líderes do mundo todo um Brasil diferente, livre das amarras ideológicas e corrupção generalizada”, afirmou o presidente.
“Mostrarei nosso desejo de fazer comércio com o mundo todo, prezando pela liberdade econômica, acordos bilaterais e saúde fiscal. Com esses pilares, o Brasil caminhará na direção do pleno emprego e da prosperidade. Espero trazer boas experiências e avanços ao nosso país.”
Novo olhar para os EUA
O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o indicado para a presidência do Banco Central, Roberto Campos Neto, acompanharão Bolsonaro. A equipe econômica planeja apresentar uma mensagem coesa sobre o enfrentamento do desequilíbrio fiscal no Brasil. Também quer chegar à Suiça com pontos já definidos para a reforma da Previdência, um dos principais interesses dos investidores.
A viagem a Davos será a estreia internacional de Bolsonaro e a primeira vez que o vice-presidente, Hamilton Mourão, assumirá a Presidência da República. Bolsonaro não terá a oportunidade de se encontrar com o presidente americano Donald Trump, que desistiu de ir ao maior evento econômico do planeta.
Ontem, o novo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex), Mário Vilalva, disse ao GLOBO que pretende estabelecer, junto com o setor exportador, os mercados prioritários para melhorar as vendas externas de bens e serviços do Brasil. Ele citou como exemplo os EUA, que, para ele, não têm recebido o cuidado adequado na estratégia comercial.
— Os EUA merecem atenção especial. É um grande mercado e, nos últimos tempos, talvez a gente não tenha dado a devida atenção àquele país. Precisamos recuperar nossa presença comercial nos EUA —disse Vilalva, que assumiu ontem após o impasse em torno da exoneração de Alex Carreiro, primeiro indicado para o cargo, na semana passada.