Mourão deixou o encontro “de cortesia”, como definiu, defendendo que o governo federal precisa ter um "relacionamento positivo" com todos os estados.

Ele justificou a visita a Doria como uma agenda de governo para conhecer as demandas do Estado de São Paulo junto ao governo federal.

—Nosso relacionamento com os estados busca ver as necessidades para atração de investimentos, facilitar essas ligações para fora do país. Com isso, governo federal cumpre um grande papel com os entes da federação —afirmou.

Doria foi ainda mais enfático e disse que a visita não se tratava de um “encontro político”.

— Não foi um encontro político. Foi um encontro voltado para a pauta do desenvolvimento econômico e de atendimento social. Não temos alinhamento partidário, nem é preciso.

Desde fevereiro, Mourão tenta se encontrar com o governador paulista. No fim daquele mês, uma reunião foi agendada, mas as chuvas na capital paulista fizeram o voo do general atrasar, e o encontro foi cancelado.

Nos últimos dias, o ideólogo de direita Olavo de Carvalho, crítico recorrente de Mourão, atacou o presidente em exercício pelo encontro com Doria, insinuando que poder ia ser uma traição política de Mourão.

—O presidente Bolsonaro tem uma visão muito clara do relacionamento positivo que temos que ter com todos os governadores e prefeitos. É importante ver o que se passa em cada estado —argumentou Mourão.

O vice não concedeu entrevista ontem. Fez apenas um pronunciamento breve após o almoço que teve com Doria na sede do governo.

Também na capital paulista, o presidente em exercício participou de um encontro com cerca de 70 empresários dos países escandinavos (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Suécia e Noruega) com negócios no Brasil.