Título: Luta pela reeleição
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Fonte: Correio Braziliense, 03/09/2012, Política, p. 5

Em 2010, o prefeito de Macapá (AP), Roberto Góes (PDT) parecia condenado a abandonar a política ao ter sua prisão preventiva decretada como desdobramento das investigações da Polícia Federal na Operação Mãos Limpas, que detectou a ocorrência de desvio de verbas públicas no estado do Amapá. Seu primo, o ex-governador do estado Waldez Góes, já tinha sido preso em decorrência da mesma investigação. Dois anos depois, contudo, Roberto Góes disputa a reeleição e assume a dianteira da disputa, segundo pesquisa do Instituto Ibope divulgada no início de agosto.

Mesmo como favoritismo do atual prefeito, a campanha se encaminha para um tenso segundo turno. "Infelizmente, talvez sejamos a capital recordista nacional em operações da Polícia Federal. O povo macapaense não merece isso", dispara a principal oponente de Góes, a candidata Cristina Almeida (PSB), que não poupa Góes de críticas. "Em quatro anos de prefeitura, ele só conseguiu trazer para Macapá dois projetos do programa Minha Casa, Minha Vida. No primeiro, que fica na área conhecida com Cuba do Asfalto, ele errou o projeto e a obra está paralisada. O outro, que fica na zona oeste de Macapá, o governo federal só vai liberar dinheiro se ele corrigir o primeiro", ataca Cristina. Com 29% das intenções de voto, Roberto Góes aposta em projetos para sanar problemas antigos da capital, como a falta de saneamento, para segurar o eleitorado.

Panorama

Sete candidatos disputam a prefeitura de Macapá (AP)

População 407.023 habitantes

Eleitorado 253.365 eleitores

Atual prefeito Roberto Góes (PDT)

Candidatos Roberto Góes (PDT)* Clécio Vilhena (PSol) David Alcolumbre (DEM) Evandro Milhomem (PCdoB) Genival Cruz (PSTU) Professor Marco Antônio (PSDB) Cristina Almeida (PSB) * reeleição

Principais problemas

» A escassez de serviços de saneamento básico é uma das principais preocupações da cidade, que conta com apenas 5,5% de seus domicílios atendidos por uma rede de esgoto. O rápido crescimento da cidade se defronta com baixos investimentos na infraestrutura de trânsito — com isso, os engarrafamentos são cada vez mais frequentes.