Título: Mudanças na Cultura
Autor: Lyra, Paulo de Tarso
Fonte: Correio Braziliense, 13/09/2012, Política, p. 3

A entrada de Marta Suplicy deve provocar uma sacudida no Ministério da Cultura. Uma das razões que provocou a queda da antecessora, Ana de Hollanda, foi a falta de pulso firme para conter as brigas internas na pasta, resistir aos ataques dos petistas insatisfeitos com a saída de Juca Oliveira e defender um maior orçamento para a área.

Segundo apurou o Correio, das duas figuras-chaves que integram o organograma do setor, apenas o diretor da Secretaria de Políticas Culturais, Sérgio Mamberti, deve permanecer no posto. Remanescente da gestão de Gilberto Gil, ele tem trânsito livre tanto no setor quanto no PT, partido ao qual é filiado.

Perfil conflitante Já Antônio Grassi, atual presidente da Funarte, desperta avaliações contraditórias. A exemplo de Mamberti, ele é uma figura muito forte na estrutura da pasta. Especialistas do setor afirmam que, quando Ana de Hollanda foi nomeada, Grassi era um dos fiadores da escolha. Mas, com o decorrer do tempo, ele teria ajudado a minar o poder da ministra. "Marta não vai aceitar alguém com esse perfil sob sua tutela", aposta um petista que milita na área.

Uma mudança dada como certa é a saída do atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando Almeida. Ele já havia avisado à antiga ministra que sua temporada em Brasília estava próxima de terminar.