Valor econômico, v.20 , n.4660 , 03/012018. Brasil, p.A7

 

Diretor de museu busca apoio de nova gestão

 

 

 

 

Agência Brasil

03/01/2019

 

 

 

 

O diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Alexander Kellner, esteve em Brasília, ontem, para buscar diálogo com o novo governo e pedir a continuidade das ações para a recuperação do local. Ele participou da posse do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, e afirmou que a recepção foi positiva. "O ministro chegou a segurar um botton com os dizeres 'Museu Vive'."

O incêndio que destruiu 90% do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, ocorreu há quatro meses. O espaço recebeu ajuda para reconstrução do governo federal e, também, de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Segundo o diretor, ainda falta muito a ser feito.

Por estar ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolver pesquisas e ter também função cultural, a instituição estava sob os cuidados de três ministérios: da Educação (MEC), da Cultura (MinC) e do MCTI.

"O primeiro passo que estamos buscando é justamente o contato com o governo", disse Kellner. A prioridade é a manutenção do apoio financeiro do MEC para o escoramento do edifício. "O resgate é a principal tarefa agora, e, para fazer o resgate, é preciso estabilizar o prédio", completou o diretor.

Kellner ainda não tem audiências agendadas. Com o Ministério da Cidadania (que englobou a pasta da Cultura no governo Jair Bolsonaro), ele vai pleitear apoio aos projetos e também recursos. A pasta não liberou nenhum recurso financeiro até o momento para a reconstrução do museu. No MCTI, a busca é por ajuda para a reconstrução do prédio de laboratórios.

"O Museu Nacional é um bem que transcende tudo. Essa situação negativa que aconteceu com o museu repercutiu muito mal para o país. Recebemos mais de 5 mil cartas e manifestações de instituições de dentro e fora do país lamentando a situação", disse.