Título: Impasse nos Correios
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Fonte: Correio Braziliense, 22/09/2012, Economia, p. 16
O embate entre os funcionários dos Correios, em greve desde a última quarta-feira, e a estatal só deve ser resolvido na Justiça, prolongando atrasos nas corresopondências. A estatal considera a proposta sugerida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) durante reunião de conciliação— reajuste de 5,2% sobre o salário, 8,8% sobre benefícios e R$ 80 de aumento linear — inviável. O impacto de um aumento nessas proporções, segundo a empresal, seria de R$ 323 milhões ao ano. Se considerado o impacto do reajuste de 5,2%, já aceito pelos Correios, esse valor subiria para R$ 854 milhões anuais.
Diante do impasse, a ECT espera que o dissídio movido pela empresa vá a julgamento ainda na próxima semana. A proposta feita pelo TST é aceita por parte dos grevistas, desde que não haja alterações no plano de saúde. O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect), Edson Dorta, no entanto, publicou uma nota divergindo da posição desse grupo e recomenda que seja mantida a pauta inicial de reivindicação, que exige reajuste de 43,7%.
» Mutirão
Na tentativa de amenizar os efeitos da paralisação dos funcionários responsáveis pela entrega e triagem de correspondências, a ECT divulgou que vai realizar um mutirão neste fim de semana. A estatal registrou atraso em 16% das cartas e encomendas ontem, o equivalente a cerca de 11 mil correspondências.